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junho 2017

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Realizado pela Umanizzare e pela SEAP, ação entregou RGs, CPFs e cartões de saúde, entre outras documentações

A Umanizzare Gestão Prisional, em conjunto com a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), promoveram, no dia 23 de junho, o Mutirão de Retirada de Documentação na Unidade Penal de Itacoatiara (UPI), administrada pela empresa. Durante apenas um dia foram liberados para os reeducandos certidões de nascimento, Registros Gerais (RG) e Cadastros de Pessoas Físicas (CPF), além de outros documentos como carteiras de trabalho e mais de 80 Cartões Nacionais de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), estes últimos por meio da parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Itacoatiara (SEMSA).

Representando a equipe de Reintegração Social da SEAP, participaram da ação a chefe do departamento, Zuleide Nogueira, a sub-gerente da superintendência, Ana Cristina Abreu, a gerente da capital, Jéssica de Almeida e a psicóloga do órgão, Hellen Oliveira. O projeto também contou com a parceria da Coordenadoria do Sistema Penitenciário (COSIPE).

Para a gerente técnica da UPI, Maria Domingas do Carmo, o mutirão só obteve sucesso por causa da contribuição dos parceiros. “Trabalhar com a SEAP foi de suma importância, pois são os responsáveis pela liberação dos documentos”, relata. O diretor da UPI, Antônio Enriques Cordeiro, concorda com o bom resultado do projeto e planeja estendê-lo em outras ocasiões. “O objetivo da ação foi alcançado e o mutirão valeu como experiência para futuros trabalhos”, conta.

Ação integra quadro de atividades em prol da saúde física e mental de reeducandos e staff, promovidas em todas as unidades administradas pela Umanizzare Gestão Prisional

No dia 22 de junho, reeducandos e colaboradores da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) participaram de ação de coleta de material para exames de rotina, como sangue, urina e fezes. Os testes são realizados mensalmente e encaminhados à Unidade Básica de Saúde (UBS) José Resk III, que atua em parceria com a Umanizzare Gestão Prisional para avaliação e geração de resultados.

Os exames foram executados pelos técnicos de enfermagem Francisco Jadson e Silvana Palma, sob supervisão da enfermeira da unidade, Elinilma Martins, todos integrantes da equipe multidisciplinar da Umanizzare. “Após o resultado, os exames que deram alguma alteração são encaminhados para o médico que, juntamente com o paciente, prescreve o tratamento”, explica a enfermeira. Elinilma acrescenta que todos os pacientes são acompanhados durante o período de recuperação pelos profissionais de saúde.

A Umanizzare, gestora da UPI, promove, periodicamente, ações em prol da saúde física e mental dos internos e colaboradores em todas as unidades que administra. São ministradas palestras de diversos temas, além da realização de estímulos à prática de atividades físicas, atendimentos médicos, entre outros projetos e ações, sempre com a participação e supervisão de profissionais qualificados.

 

A Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) está promovendo desde o dia 24 de abril o curso de Barbeiro para quinze reeducandos. A atividade será encerrada no dia 5 de Julho e, além de preparar os internos para o mercado de trabalho cada vez mais exigente, está inserida no programa de remição de pena.

Desenvolvido em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial/Senac, o curso é uma excelente oportunidade para reinserção profissional, pois os barbeiros voltaram a ser valorizados nos últimos anos por conta da solidificação da cultura do embelezamento que, no caso dos homens, exige cuidados com a barba. A avaliação é da diretora regional do SENAC, Silvana Carvalho.

Ela explica que os homens “invadiram” um espaço antes dominado pelas mulheres e tornaram-se fiéis consumidores do mercado de beleza. O faturamento masculino mais que dobrou nos últimos cinco anos, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). O país Brasil é o segundo maior consumidor mundial de cosméticos para homens.

“O barbeiro é o profissional responsável pelo embelezamento dos cabelos masculinos, realizando cortes, design de barbas, bigodes e acertos de costeletas e executa essas competências com a preocupação de encantar os clientes em ambientes e atendimentos personalizados e atraentes para esse público”, esclarece Silvana Carvalho.

Neste aspecto, diz a gestora, o curso visa atender a expressão desse mercado, cujo número de empreendimentos em barbearias tem crescido significativamente no Brasil e no Estado do Amazonas. O curso também proporciona aos alunos a possibilidade de tornarem-se empreendedores do seu próprio negócio.

Para um mercado exigente, conhecimentos científicos e técnicas aprimoradas. É o que os reeducandos estão recebendo no curso. “Os cursos do Senac não visam somente tarefas e técnicas de uma ocupação, mas os conhecimentos científicos, habilidades, atitudes e valores necessários para fundamentar essa prática, ou seja, o aluno tem uma formação genérica que lhe possibilita crescer como pessoa e como profissional”.

Outro aspecto fundamental é que a associação da marca Senac amplia as oportunidades de emprego e negócios por ser reconhecida no Brasil e no exterior. “É um aval de que o apenado passou por esta formação com qualidade, o que aumenta a credibilidade por empresários e clientes”. Assim qualificados, os terão acesso a novas oportunidades para ressocialização, influenciando na redução dos índices de reincidência.

“O Senac sente-se honrado em poder contribuir com a Unidade Prisional de Itacoatiara, no cumprimento das medidas de reabilitação do apenado”, afirmou Silvana, mas confessou ter sido um desafio para todos por se tratar de um ambiente carcerário. Nossa equipe precisou vencer os preconceitos que geralmente envolvem esse tipo de ação para mudar seus paradigmas e encontrar as estratégias certas para trabalhar com o público carcerário”.

A gestora realçou a importância da equipe técnica da Umanizzare no sentido de assegurar que o projeto pudesse ser realizado. “Certamente, sem a parceria e o acompanhamento diário da equipe dessa unidade ficaria muito difícil ou não haveria condições de acontecer o curso. Mas, ao final, o resultado mostra-se promissor para todos os envolvidos, se considerarmos que, dos 12 participantes, somente três evadiram do curso”.

Vale destacar que três dos internos somente deixaram o curso porque ganharam a liberdade. Um dos barbeiros formados foi contratado pela própria Unidade Prisional para realizar suas funções internamente. “Isso, com certeza, mostra o resultado de um trabalho coletivo, com novos frutos a serem gerados”, avalia Silvana Carvalho.

A Semana do Meio Ambiente – celebrada nacionalmente no mês de junho – foi pauta mais uma vez na Casa de Prisão Provisória de Palmas, na Unidade Prisional de Itacoatiara/UPI e na Unidade Prisional de Puraquequara, envolvendo a equipe técnica da Umanizzare, parceiros externos e reeducandos da unidade prisional. Diversas atividades foram desenvolvidas, como palestras, distribuição de folders informativos, apresentação de vídeo educativo e plantio simbólico de mudas de árvores frutíferas.

Na Unidade Prisional Puraquequara, o Dia Mundial do Meio Ambiente foi celebrado com uma ação inovadora: o curso de artesanato – com confecção de peças de bijuteria com miçangas. A ideia foi conscientizar os internos quanto aos cuidados com seu próprio meio ambiente e promover um momento de entretenimento com a propagação de conhecimentos. Foram confeccionados anéis, pulseiras e prendedor de cabelos. As peças melhor trabalhadas receberam premiação.

Nas demais unidades os internos puderam aprender também técnicas de plantio, conheceram algumas experiências ecologicamente corretas e tomaram consciência da importância de preservação do meio ambiente para assegurar que as futuras gerações tenham o direito de usufruir dos recursos naturais. Coordenadora do projeto, a psicóloga Alline Cardoso Saraiva esclareceu que a preservação ambiental é um dever coletivo, mas deve ser uma preocupação individual.

Segundo ela, atitudes simples podem fazer a diferença quando o assunto é meio ambiente, principalmente desenvolver alguns hábitos sustentáveis. Na visão da psicóloga, embora temporariamente reclusos em espaço delimitado, os internos têm acesso e manuseiam embalagens plásticas dentro das celas, de modo que podem praticar ações de sustentabilidade ecológica e desenvolverem uma nova cultura cidadã, em conformidade com as novas exigências do mundo.

O assistente social José Carlos Barros Figueira esclarece que o ciclo de debates, incluindo as palestras, permitiram aos reeducandos a oportunidade de refletir e verbalizar suas ideias sobre preservação ambiental. Os próprios internos demonstraram como ações simples podem repercutir positivamente na vida da coletividade. Ao final das atividades, todos os 34 participantes declararam que a discussão sobre o meio ambiente devem ser pauta permanente, tamanha a importância.

A diretora do Departamento de Educação Ambiental de Itacoatiara, Aldiza Macedo Leão Rodrigues, afirmou que todos os ambientes da sociedade devem receber educação ambiental e que os detentos do sistema prisional estão inseridos neste contexto. “Para nós, é muito importante estar contribuindo com a ressocialização e a capacitação de cidadãos na defesa do meio ambiente, principal proposta das nossas palestras”.

Aldiza explicou que o principal benefício das palestras para a vida dos detentos é principalmente a sensibilização quanto ao uso sustentável dos recursos naturais, como fazer o descarte correto dos resíduos sem agredir o meio ambiente e as pessoas. “Poder estar levando a educação ambiental para os internos foi uma experiência gratificante e marcante para o departamento, mostrando que a secretaria de meio ambiente está disposta a levar a educação ambiental a todos”.

UPI
UPP
CPP
CPP

 

No início do mês de junho, a Promotora de Justiça Tânia Márcia de Azevedo Feitosa visitou a Unidade Prisional de Itacoatiara e conheceu o projeto Plantando a Liberdade, iniciativa inovadora por meio da qual os reeducandos têm acesso a noções de plantio e cuidado com hortas. Além do caráter terapêutico e profissionalizante, o projeto tem assegurado o fornecimento diário de verduras à população carcerária.

“Qualquer curso, profissional ou não, ministrado aos presos enquanto cumprem pena servem como mecanismo de ressocialização para quando saírem do sistema prisional. Esses cursos proporcionam aos egressos condições para reintegração social”, afirmou a promotora. Ainda em sua visão, o projeto ajuda na na integração social dentro e fora do presídio. “A reabilitação social constitui uma finalidade do sistema de execução penal para que o condenado não volte a delinquir”, destacou.

Idealizado pela gerente técnica corporativa da Umanizzare Gestão Prisional, Sheryde Karoline, o projeto foi iniciado em 2015 em parceria com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária – Seap, que autorizou a utilização de uma área contígua à unidade. Coube à gerente técnica Maria Domingas Printes do Carmo articular as parcerias necessárias à materialização do projeto, que passou a contar com o apoio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas\IDAM.

Inicialmente, quinze reeducandos aceitaram participar do curso de cultivo de hortaliças e assistiram à aula expositiva dos técnicos agrônomos do IDAM, João Nestor e o Sr. Raimundo Pascoal. “O projeto Plantando a Liberdade teve certa demora em sua implantação, por ser um processo delicado e pelas dificuldades de arranjarmos parceiros que quisessem participar dessa empreitada. Por se tratar de plantas é como se tratar e cuidar de um ser humano: devemos respeitar seu tempo, aceitação da semente, se vai brotar, crescer, até dar seus primeiros frutos”, declarou Domingas.

 

O projeto tem contado com total apoio do diretor da unidade, Antônio Enriques Cordeiro. No início, foi fundamental a participação do ex-diretor da unidade, Rosemir Borges, técnico agrônomo que acompanhou de perto o projeto e do diretor-adjunto, Marcel Borges de Amorin, que também deu sua parcela de contribuição nos cuidados com a horta, desde a preparação do solo até o plantio. Também auxiliaram para sucesso do projeto a colaboradora Adriane Ricardo, o gerente de unidade, Ivo Murilo e todo o corpo técnico, das áreas de manutenção, serviços gerais, e cozinha.

 

Com o objetivo de conscientizar os internos que têm crimes associados a algum tipo de violência contra a mulher, o departamento de serviço social do Centro de Prisão Provisória de Palmas (CPPP) realizou, no início de junho, palestra sobre a Lei Maria da Penha. De acordo com a Constituição Federal, a lei cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

Segundo dados da Central da Mulher – Ligue 180, comparando o número de ligações de 2014 e 2015, houve, em apenas um ano, aumento de 44,74% no número de relatos de violência e de 129% de violência sexual. O Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), em parceria com a ONU Mulheres, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), também ilustra o cenário de violência contra a mulher, indicando que, dos 4.762 assassinatos de mulheres registrados em 2013 no Brasil, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que, em 33,2% destes casos, o crime foi praticado pelo parceiro ou ex.

Neste sentido, a reflexão acerca do tema pretende efetivar a compreensão e mudança comportamental dos reeducandos, a fim de diminuir o quadro de agressões – verbais, psicológicas e físicas – contra a população feminina. O interno José dos Reis Tavares, que participou da palestra, relatou à equipe técnica seu arrependimento. “Aprendi que devemos respeitar as mulheres sob quaisquer circunstâncias. Não cometeria este erro novamente”. Outro interno presente, Valto Macedo Moreira, também arrependido, classificou a palestra como “ótima”. “Foi tratado justamente sobre o motivo que me levou ao cárcere. A exposição do tema gerou em mim uma reflexão sobre meus próprios atos, e, hoje, posso afirmar que aprendi a valorizar a esposa e a família”, garante.

A palestra foi conduzida pela assistente social da CPPP, Renilda Alves, que já espera resultados positivos, mesmo que a longo prazo. “Este tipo de ação potencializa a conscientização na transformação do comportamento dentro dos presídios. É de extrema relevância para os reeducandos, pois assim conseguem compreender a importância de se preservar a integridade e os diretos do próximo, principalmente das mulheres, que muitas vezes se encontram em posições mais frágeis”, ressalta.

A tradicional Corrida de Rua de Manacapuru, realizada domingo (11), foi marcada por um emocionante encontro de gerações, pela inclusão e pela solidariedade. Adultos, jovens, crianças, mulheres, idosos, pessoas portadoras de necessidades especiais e seus familiares percorreram os 7 km da prova e demonstraram que é possível superar limites quando há oportunidades. Nesta quarta edição, mais de 800 atletas de quatro categorias se inscreveram, entre cadeirantes, fardados, pelotão masculino e feminino.

Com largada e chegada no Parque do Ingá, a corrida – realizada pelo 9º Batalhão da Polícia Militar com apoio da Umanizzare Gestão Prisional – teve início pontualmente às 7h e premiou os atletas com medalhas de honra e valores que iam de R$ 600 a R$ 200 (do primeiro ao quinto lugar) e de R$ 500 a R$ 200 (para cadeirantes, até o terceiro lugar). No entanto, mais que uma competição, o que se viu nas ruas de Manacapuru foi uma manifestação de paz, de força de vontade e de superação.

A Umanizzare Gestão Prisional disponibilizou profissionais de sua equipe técnica – médicos, educadores físicos, enfermeiros – para prestarem atendimento aos atletas no dia da corrida. Servidores da empresa também participaram da corrida, como Renato de Jesus, agente de socialização do Complexo Penitenciário Anísio Jobim. Ele realçou a importância de iniciativas como esta para melhoria da qualidade de vida e por possibilitar a convivência com pessoas de outras faixas etárias e portadoras de necessidades especiais.

“Este tipo de ação que a Umanizzare promove proporciona um outro padrão de vida, mais saudável e disciplinar. Espero ter mais oportunidades de participar de ações sociais desta natureza”, afirmou Renato. Diretamente envolvido na organização da corrida – da qual é entusiasta –, o Gerente Operacional Corporativo da Umanizzare, Rodrigo Geoffrey, comemorou os resultados. “Nossa equipe demonstrou força e união. Pude presenciar o esforço de cada colaborador em cada passo, em cada gota de suor, na vontade de vencer, em cada suspiro, mas principalmente a união através de cada sorriso”, destacou.

O enfermeiro do Compaj, Robson Costa Pessoa – que participou da prova – também aprovou a iniciativa. Segundo ele, a Umanizzare acerta ao integrar-se a este tipo de iniciativa. “No meu caso, além de uma boa saúde, realça o espírito de corpo, de liderança na empresa. É uma iniciativa importante esta de jogar para o público externo reconhecer o trabalho realizado pela Umanizzare dentro do sistema e que agora vai para toda a sociedade”.

O coordenador técnico regional, Valter Sales Pinto, expressou seu entusiasmo com a corrida. “E posso falar com propriedade, mesmo como observador, da grandiosidade desta corrida. Fica na memória o entusiasmo de nossos colaboradores, a força de cada um, o cansaço após o término e a satisfação em finalizar a prova. Demonstração de que o mais importante não é a vitória e sim a participação. Patrocinar um evento como este vai muito além do que se espera. Tem um sentido maior. Isso tudo é expressado através de gestos. Gestos generosos. Deixo aqui minha maior expressão de agradecimentos”, declarou.

Organizador da corrida Paulo Coelho, também manifestou seu contentamento com a parceria com a Umanizzare. “Só tenho a agradecer o apoio da Umanizzare e a todos os elogios de vocês e de todos que participaram”. Paulo Coelho se esforçou para assegurar a participação de diversas crianças portadoras de necessidades especiais. “Eu tive a oportunidade de conseguir um ônibus e trazer as 23 crianças com várias necessidades especiais para a corrida de Manacapuru  e também proporcionar um passeio ao balneário e à Pousada Cirandeira Bela, que também era um dos patrocinadores”, disse.

 

 

Entre maio e junho, 50 reeducandos participantes do Remição pela Leitura da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG) realizaram as avaliações escritas e orais do projeto. Aplicados pela equipe técnica multidisciplinar da unidade, os testes exigiam que os reeducandos preenchessem, em 15 minutos, dez questões para relatar sobre as histórias que leram.

Além da remição de pena, o projeto, implantado pela Umanizzare Gestão Prisional, tem o objetivo de proporcionar acesso à cultura e à educação. Para o integrante da equipe técnica multidisciplinar da UTPBG, Marcos da Graça, a leitura expande a visão dos reeducandos para novas experiências e perspectivas de vida. “Os internos relatam que, além de ver os livros como forma de conhecimento de outras culturas, a leitura auxilia no processo de escrita”, garante.

A atividade também contou com o apoio da colaboradora Jhislayne Rezende, que, assim como Marcos, nota que o número de participantes e interessados aumenta em cada edição do projeto. Marcos, satisfeito com o andamento do Remição Pela Leitura, avalia a ação. “Os reeducandos estão mais dedicados, se aprofundando nas histórias. Alguns até pensam em escrever algo novo ou uma autobiografia”, revela. Os resultados das avaliações feitas também comprovam o interesse, visto que, de acordo com Marcos e Jhislayne, os avaliados da UTPBG demonstraram evolução na capacidade de interpretar e expressar o que leram nas obras.

Sobre o Remição Pela Leitura

O projeto Remição pela Leitura distribui livros, previamente selecionados pela equipe técnica, com avaliação escrita e oral, atendendo a metodologia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estabelecida na Recomendação nº 44/2014, viabilizando a remição de quatro dias da pena, a cada livro e resenha/relatório de leitura de obras devidamente lidas e avaliadas. O trabalho realizado pela Umanizzare Gestão Prisional, que administra a UTPBG, também é previsto na Lei n.7210/84 de Execução Penal (LEP).

A tradicional Corrida de Rua de Manacapuru, realizada domingo (11), foi marcada por um emocionante encontro de gerações, pela inclusão e pela solidariedade. Adultos, jovens, crianças, mulheres, idosos, pessoas portadoras de necessidades especiais e seus familiares percorreram os 7 km da prova e demonstraram que é possível superar limites quando há oportunidades. Nesta quarta edição, mais de 800 atletas de quatro categorias se inscreveram, entre cadeirantes, fardados, pelotão masculino e feminino.

Com largada e chegada no Parque do Ingá, a corrida – realizada pelo 9º Batalhão da Polícia Militar com apoio da Umanizzare Gestão Prisional – teve início pontualmente às 7h e premiou os atletas com medalhas de honra e valores que iam de R$ 600 a R$ 200 (do primeiro ao quinto lugar) e de R$ 500 a R$ 200 (para cadeirantes, até o terceiro lugar). No entanto, mais que uma competição, o que se viu nas ruas de Manacapuru foi uma manifestação de paz, de força de vontade e de superação.

A Umanizzare Gestão Prisional disponibilizou profissionais de sua equipe técnica – médicos, educadores físicos, enfermeiros – para prestarem atendimento aos atletas no dia da corrida. Servidores da empresa também participaram da corrida, como Renato de Jesus, agente de socialização do Complexo Penitenciário Anísio Jobim. Ele realçou a importância de iniciativas como esta para melhoria da qualidade de vida e por possibilitar a convivência com pessoas de outras faixas etárias e portadoras de necessidades especiais.

“Este tipo de ação que a Umanizzare promove proporciona um outro padrão de vida, mais saudável e disciplinar. Espero ter mais oportunidades de participar de ações sociais desta natureza”, afirmou Renato. Diretamente envolvido na organização da corrida – da qual é entusiasta –, o Gerente Operacional Corporativo da Umanizzare, Rodrigo Geoffrey, comemorou os resultados. “Nossa equipe demonstrou força e união. Pude presenciar o esforço de cada colaborador em cada passo, em cada gota de suor, na vontade de vencer, em cada suspiro, mas principalmente a união através de cada sorriso”, destacou.

O enfermeiro do Compaj, Robson Costa Pessoa – que participou da prova – também aprovou a iniciativa. Segundo ele, a Umanizzare acerta ao integrar-se a este tipo de iniciativa. “No meu caso, além de uma boa saúde, realça o espírito de corpo, de liderança na empresa. É uma iniciativa importante esta de jogar para o público externo reconhecer o trabalho realizado pela Umanizzare dentro do sistema e que agora vai para toda a sociedade”.

O coordenador técnico regional, Valter Sales Pinto, expressou seu entusiasmo com a corrida. “E posso falar com propriedade, mesmo como observador, da grandiosidade desta corrida. Fica na memória o entusiasmo de nossos colaboradores, a força de cada um, o cansaço após o término e a satisfação em finalizar a prova. Demonstração de que o mais importante não é a vitória e sim a participação. Patrocinar um evento como este vai muito além do que se espera. Tem um sentido maior. Isso tudo é expressado através de gestos. Gestos generosos. Deixo aqui minha maior expressão de agradecimentos”, declarou.

Organizador da corrida Paulo Coelho, também manifestou seu contentamento com a parceria com a Umanizzare. “Só tenho a agradecer o apoio da Umanizzare e a todos os elogios de vocês e de todos que participaram”. Paulo Coelho se esforçou para assegurar a participação de diversas crianças portadoras de necessidades especiais. “Eu tive a oportunidade de conseguir um ônibus e trazer as 23 crianças com várias necessidades especiais para a corrida de Manacapuru  e também proporcionar um passeio ao balneário e à Pousada Cirandeira Bela, que também era um dos patrocinadores”, disse.

 

Ressocializar e Reinserir. Esses são os objetivos da Umanizzare com os reeducandos no mercado de trabalho. Para isso, oferece, em suas unidades, cursos profissionalizantes, que fazem parte do Projeto Núcleo de Aprendizado Profissional (NAP). O último curso realizado foi o de manutenção de ar condicionado, no Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT), em Manaus, com qualificação finalizada em maio.

Com 15 formandos, o curso foi ministrado pelo instrutor Gianfranco Alves, que ressalta a importância de, no contexto prisional, explorar a capacidade dos reeducandos de se desenvolverem. “É necessário entender as dificuldades e limitação de cada um para ensinar o ofício. É preciso incentivo, mostrando que o curso é uma ponte de entrada para as infinitas possibilidades que o reeducando tem e deve buscar”.

Gianfranco lista, também, o conjunto de benefícios que o projeto traz para a vida dos internos. “O conhecimento em áreas específicas, valorização da própria capacidade, tranquilidade para a família por estar buscando meios de inserção no trabalho, pró-análises curriculares exigidas pelo mercado, e claro, a remição de pena, funcionam como força motriz para que os reeducandos persistam nos cursos”.

Um dos formandos, o reeducando do IPAT Leandro Pereira, afirma que ter noção do funcionamento e das novidades do mercado de trabalho é um grande incentivo. “Além da remição de pena, o projeto nos motiva a aprender cada vez mais”. Leandro conta, ainda, sobre o que mais gostou no curso. “As aulas práticas, devido à qualidade dos materiais e ferramentas disponíveis, são as mais interessantes. Gosto também da forma como a técnica é ensinada, misturando a teoria educacional com temas nas áreas de física, matemática e legislação trabalhista”, declara.

O instrutor reitera que este projeto se torna cada vez mais atrativo entre os reeducandos. “Os cursos são muito bem aceitos, dado que eles conhecem a exigência do mercado, e sabem que são necessárias várias etapas de estudo e aulas práticas. Tudo que é disponibilizado ao interno, inclusive os materiais, incitam o interesse em aprender uma profissão e até de se tornar um empreendedor”, afirma.

Sobre o Núcleo de Aprendizado Profissional

Idealizado pela Umanizzare Gestão Prisional, o Núcleo de Aprendizado Profissional (NAP) cria um espaço adequado para a realização de cursos profissionalizantes, treinamentos, capacitações, palestras, entre outros para os reeducandos. Uma atmosfera acolhedora, estruturada e organizada é criada para favorecer o processo de motivação, permanência e aprendizagem, sempre com foco na ressocialização, inserção e/ou reinserção dos reeducandos no mercado de trabalho. No IPAT, por exemplo, além do curso de manutenção de ar condicionado finalizado neste ano, já foram realizados cursos de instalações hidráulicas, em março de 2016, e de eletricista predial, em julho do referido ano.