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junho 2017

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Cerca de 20 reeducandos da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) realizaram a prova escrita e oral do projeto Remição pela Leitura no último dia 29 de maio. Durante as avaliações, os participantes tiveram a oportunidade de expressar o que entenderam das obras lidas, proporcionando assim a fixação dos conhecimentos que adquiriram. O trabalho e os resultados foram considerados satisfatórios pela banca avaliadora.

A assistente social da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e convidada para o dia da prova, Ana Lúcia Pereira, explica que o projeto traz diversos benefícios para a vida dos internos, pois a leitura “expressa vida, conhecimentos e opiniões de vários autores, contribuindo para um melhor diálogo, formação de opinião e ocupação da mente”, afirma. Ela acrescenta que, além da redução da pena, o projeto auxilia na reinserção social, uma vez que ler abre a mente para novos mundos e possibilidades de vida.

Segundo o interno Renato Silva, o projeto o ajudou a aproveitar o período que cumpre sua pena para aprimorar seus conhecimentos. “O Remição pela Leitura é importante porque o aprendizado nunca é demais e também nos ajuda na redução do tempo encarcerados. Com ele eu desenvolvi o meu conhecimento em várias áreas”, relata.

Sobre o Projeto Remição Pela Leitura

O projeto Remição pela Leitura distribui livros, previamente selecionados pela equipe técnica, com avaliação escrita e oral, atendendo a metodologia do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, estabelecida na Recomendação nº 44/2014, viabilizando a remição de 4 dias da pena, a cada livro e resenha/relatório de leitura de obras devidamente lidas e avaliadas. O trabalho realizado pela Umanizzare Gestão Prisional, que administra a UPI, também é previsto na Lei n.7210/84 de Execução Penal (LEP).

TESTE

Reconhecer o valor de cada colaborador é fundamental para o desenvolvimento e motivação das pessoas em suas unidades prisionais: esta é uma das prioridades que a Umanizzare Gestão Prisional tem buscado concretizar com uma série de ações de gestão de pessoas. Os resultados são observados de diversas maneiras, como bem percebeu a gerente de Recursos Humanos, Erika Borges Dalle Vedove. “Somos uma empresa de serviços. Sem pessoas não temos resultados. O produto final vem da motivação e compromisso de cada um, este é o alicerce para os melhores resultados”.

Como parte da campanha de reconhecimento do valor dos colaboradores, a Umanizzare celebrou o Mês do Trabalhador com o sorteio de uma moto para cada uma de suas nove unidades prisionais no Estado do Amazonas e das duas unidades do Tocantins. Assim, o RH em Ação cumpriu mais uma importante ação motivacional. “É muito gratificante ver a sinergia da equipe e sentir o RH em movimento, promovendo ações que valorizam os nossos colaboradores”, disse Erika.

O sorteio das motos nas unidades do Amazonas foi realizado no dia 25 de maio: os agentes de socialização ganhadores do prêmio foram: Otávio da Silva Campelo (COMPAJ); Edson Santana Ferreira (CDPM); Anderson Solar da Silva (UPP); Rosimar Tavares Ribeiro (IPAT); Samia Lacerda Campos (CDPF); Manuel Moraes Filho (cozinheiro da UPI). “Estou feliz com o resultado de mais uma campanha de muitas outras que virão”, comemorou a gestora do RH.

O gerente regional da Umanizzare, Kleuton de Souza Silva, afirmou que a campanha atingiu seu principal objetivo: o envolvimento de todos os colaboradores e o fortalecimento de que a empresa é feita de pessoas. “Com todos unidos, nosso sucesso é certo. Outras campanhas virão, pois sabemos o quanto o trabalhador é fundamental para o desenvolvimento da própria empresa, para melhorar nossos resultados diários”.

O agente de socialização Edson Santana Ferreira, do Centro de Detenção Provisória de Manaus/CDPM, concorda que a empresa acertou em cheio com a campanha e que isso motiva todo o corpo funcional a dar sempre o melhor de si para um ganho coletivo. “Em primeiro lugar eu quero agradecer a Deus por estar servindo à Umanizzare e agradecer por este prêmio com o qual fui contemplado. Em meio a tantas turbulências, a empresa cumpre seu papel e gratifica seus funcionários. Significa que a empresa não deixou de nos olhar”.

TOCANTINS:

As unidades prisionais do Estado de Tocantins também realizaram sorteio de motos para seus colaboradores. Na Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota, situada em Araguaína, o ganhador foi o agente de socialização José Moacir Barbosa da Silva. O auxiliar de Almoxarife Robério Oliveira da Silva, da Casa de Prisão Provisória, em Palmas, também foi sorteado.

 

    

   

Os reeducandos do pavilhão B da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP) discutiram sobre relacionamentos durante mais uma reunião do Projeto Espaço Terapêutico. O grupo falou sobre a importância de manter uma boa ligação afetiva, profissional ou de amizade com diversas pessoas. A ação é apoiada pelo diretor da Unidade, Mariano de Sousa, pelo chefe de segurança, José Antônio da Silva, e pelo gerente operacional, Antônio Vicente.

Confiança, empatia e respeito foram termos muito falados durante o encontro, pois são, de acordo com a psicóloga que conduz a ação, Alline Saraiva, fundamentais para um relacionamento harmonioso. Além disso, segundo ela, uma boa comunicação torna a convivência ainda mais agradável e é o desenvolvimento desta um dos principais objetivos do projeto. “É importante promover o momento de debate, trazendo a ampla reflexão sobre assuntos relevantes para a boa convivência humana”, explica.

O processo de escolha do que será discutido é democrático. Ao final de cada encontro, que é realizado mensalmente, os internos escolhem o próximo tema, o que faz com que mantenham o interesse pelo projeto. “Em toda reunião fazemos um levantamento entre os participantes sobre qual foi o impacto daquelas reflexões e eles contam que, no dia a dia, também encontram momentos para debater entre eles sobre o que foi falado durante o Espaço Terapêutico”, conta Alline, que acrescenta já ver os benefícios gerados pelo trabalho.

O plano da equipe da Umanizzare Gestão Prisional que coordena o projeto é continuar os encontros com o mesmo grupo de internos do pavilhão para que, assim, possam ser analisados os desempenhos e progressos, podendo aperfeiçoar o método de abordar as temáticas e deixar o Espaço Terapêutico cada vez mais relevante para o cotidiano e reinserção social dos participantes. “Eles têm relatado que a cada encontro fazem novas descobertas, como a dos princípios e valores que não lhes foram ensinados na infância, mas que agora têm acesso”, comemora a psicóloga.

 

 

Os reeducandos da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG), em Araguaína, receberam, entre os dias 23 e 25 de maio, a primeira edição do Projeto Maomé, idealizado pelo diretor da Unidade, Elizeu José dos Santos. Assistentes sociais, advogados, médicos, odontólogos, enfermeiros e defensores públicos do Estado do Tocantins constituíram uma inovadora ação de celeridade e otimização para assegurar, aos internos acesso a serviços jurídicos e de saúde.

Coordenado pela Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) e pela Umanizzare Gestão Prisional, o projeto faz parte de estratégia para evitar o risco de membros de facções criminosas se cruzarem dentro dos pavilhões, e ao mesmo tempo assegurar que nenhum detento fosse prejudicado no direito constitucional de acesso a Saúde, Assistência Social e Jurídica. “Esses gargalos que, mesmo dobrando os recursos, não teríamos como vencer, nos motivaram a criar o Projeto Maomé. Ou seja, se os detentos não podem, por várias razões, chegar até seus direitos, que esses direitos venham até eles em forma de técnicos da área jurídica, médica e assistência social”, ressaltou Elizeu dos Santos, diretor do Barra da Grota.

Durante os três dias, os reeducandos foram consultados pela médica clínica Yandara Miranda. Além de receitar medicamentos – que os internos recebem da própria farmácia da unidade prisional, a médica prestou uma série de esclarecimentos sobre prevenção e cuidados básicos para evitar uma série de doenças. “Foi uma ótima oportunidade para estar mais próxima dos reeducandos, que foram muito receptivos com os atendimentos. Esperamos ansiosos pelas próximas edições, pois a ação foi importante tanto para equipe de atendimento como para os assistidos”, afirma Yandara.

Uma equipe de odontólogos também prestou assistência, com aplicação de flúor e prestação de informações sobre saúde bucal. Enfermeiros deram suporte, atendendo quem precisava de curativos e outros cuidados mais emergenciais. Assistentes sociais também compareceram ao mutirão e atenderam demandas relativas à documentação de internos e agendamentos de visitas de familiares. Celina Araújo, assistente social da UTPBG, reforçou a importância de estar corpo-a-corpo com os internos durante o atendimento. “No pavilhão podemos vivenciar de perto a realidade dos reeducandos e entender melhor seus transtornos e problemáticas”, disse.

A assistência prestada aos internos não é feita exclusivamente nos mutirões. Mesmo com a agilidade e parceria que facilita atendimento durante o projeto, a Unidade também dispõe aos reeducandos assistência durante todo mês, atingindo números cada vez mais expressivos com um total de 1011 atendimentos no mês de abril, e agora 1323 atendimentos em maio. A unidade prisional, uma das três maiores do Estado, comporta, hoje, 450 reeducandos.

O coordenador da UTPBG, Cícero Torres, ressaltou a importância e ousadia do Projeto Maomé por levar os profissionais para o interior dos pavilhões. “Efetuamos, contudo, um plano de segurança com a finalidade de resguardar a integridade física dos colaboradores e das autoridades presentes”, esclareceu ele. O desempenho da ação também foi avaliado positivamente, pois foram feitos cerca de 560 atendimentos para 60% a 70% da população carcerária, sendo que muitos internos realizaram mais de um procedimento. “Seria necessário um período muito maior para atender esse número com nossos serviços diários e isso contribui e minimiza a cobrança de atendimentos por parte dos internos”, conta Cícero. Para sanar a principal demanda dos presídios, que é pelos os serviços jurídicos, o projeto Maomé estruturou um ambiente adequado para auxílio aos reeducandos. Advogados e defensores públicos uniram esforços para realizar cálculo de pena a avaliar a questão da progressão de regime. Computadores, impressoras e Internet foram disponibilizados para assegurar o atendimento. “São demandas que não param. Mas vale salientar que este é um entre tantos outros projetos relevantes que estamos desenvolvendo. Por exemplo, temos uma escola estadual dentro da unidade, com cerca de 200 reeducandos matriculados. Aulas de violão, teclados, fábrica de blocos, de confecção e até um projeto de meditação. O fluxo de presos para estes projetos diários é intenso e, com o projeto Maomé, conseguimos manter essa rotina e ainda assegurar os direitos dos internos”, lembrou o diretor da unidade, Elizeu Santos.