Teve início em 1º de abril mais um “Projeto Atividade Laboral” no Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT), com reeducandos do pavilhão “A” da unidade.
O projeto de incentivo da empresa Umanizzare, realizado em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciaria (SEAP), conta com o oferecimento diário de ginástica laboral e aeróbica. O objetivo dessa atividade para a população carcerária é proporcionar um trabalho terapêutico.
As atividades promovem um bem-estar físico, diminuem o estresse, minimizam tensões emocionais e psicológicas, além de reduzirem a incidência de depressão e de ansiedade. Na ocasião, 64 reeducandos estiveram presentes.
A atividade de coleta de exames acontece mensalmente na Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), tendo como objetivo a realização de exames para diagnosticar e controlar possíveis alterações que possam ocasionar algum tipo de enfermidade.
Em 27 de março, deu-se início à atividade no setor da enfermaria, com os reeducandos que passaram por consultas médicas e que tiveram solicitados tais exames. O procedimento foi realizado pelo técnico de enfermagem Hamilton Matos.
Ao total, foram realizadas coletas em 7 reeducados e feitos os seguintes exames: HEMOGRAMA, EAS, EPF, VDRL, GLICEMIA, UREIA, CREATININA, TGO, TGP, BILIRRUBINA TOTAIS E FRAÇÕES, FOSFATASE ALCALINA, GAMA GT E COAGULOGRAMA. A unidade conta com o apoio do Laboratório Central (Lacen), que disponibiliza o material da coleta.
Ao término da atividade, todos os internos são orientados com os cuidados dos pós-coleta. O material coletado é encaminhado para o LACEN e os resultados, liberados em torno de dez dias. Após a liberação dos resultados, os mesmos serão analisados pelo médico da unidade Dr. Dennis Suero.
Seguindo as diretrizes e orientações de todos os órgãos da saúde nacionais e estaduais a Umanizzare mais uma vez se destaca no que tange aos cuidados para proteção do foco principal da empresa: as pessoas. Em ações preventivas contando com apoio dos profissionais da saúde, RH e SESMT, a empresa implementou protocolos na entrada das unidades prisionais, foram realizados treinamentos de biossegurança para lavagem adequada das mãos e um local, disponibilizado na portaria.
Com o apoio da equipe multidisciplinar da unidade, foi incorporado um protocolo de triagem das pessoas que a acessam, prevendo: organização da entrada para evitar aglomeração e manter o isolamento, aferição da temperatura, higienização dos calçados, higienização das mãos – todo esse processo acompanhado e orientado por um profissional capacitado. “Esse protocolo é fundamental para identificar casos sintomáticos em nosso ambiente de trabalho, que serão avaliados por um médico e acompanhados pelo Departamento de Recursos Humanos” diz a Gerente de RH, Érika Borges.
Ainda com o objetivo de minimizar o risco de exposição e contaminação pelo coronavírus, foram implantadas medidas de limpeza e higienização dos ambientes, maçanetas e demais superfícies que poderiam estar contaminados. Todos os profissionais da saúde e equipe de movimentação de reeducandos utilizam as máscaras indicadas para cada função que compõe o fardamento e Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado.
De acordo com o Ministério da Saúde, as máscaras de tecido reutilizável também impedem a disseminação de gotículas expelidas pelo nariz ou pela boca do usuário no ambiente, garantindo uma barreira física que vem auxiliando na mudança de comportamento da população e na redução da transmissão dos casos.
Como forma de cuidar e assegurar que os colaboradores possam contribuir para a redução da transmissão do coronavírus, foram disponibilizados para cada colaborador da unidade prisional um kit contendo: máscara de tecido reutilizável (esterilizada), manual de instruções (uso e higienização) e uma embalagem individual para correta armazenagem. A máscara tem duas camadas de tecido (que por si já são eficazes na proteção) e um filtro que, quando combinado com lenço de papel ou tecido, aumenta o fator de proteção das vias respiratórias.
Seguindo à luz da Lei de Execução Penal no 7210/84, foi ofertada aos reeducandos do Instituto Penal Antônio Trindade em 23, 24 e 25 de março uma série de realizações de palestras e exposição de vídeo referente à Covid-19. Foram expostas orientações acerca desse novo coronavírus.
Com o auxílio de vídeos, os internos puderam entender como é a pandemia, seus sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento. Eles foram orientados a seguir algumas recomendações ao sair das consultas internas (social, jurídico, odontológico, enfermaria e outros), principalmente, a lavar bem as mãos antes de retornarem às celas.
Depois das orientações, os internos puderam tirar suas dúvidas e o resultado foi alcançado com êxito. O palestrante nesses três dias foi o Antônio Lisboa, com a supervisão da SEAP e o apoio dos agentes de ressocialização cogestora Umanizzare.
No dia 23 de março, os internos da Unidade Prisional de Itacoatiara realizaram ligações aos seus familiares. Por determinação da SEAP, a suspensão das visitas aos presos obedece ao protocolo de ações preventivas à Covid-19, deliberado pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e pelo Conselho Nacional de Secretários de Estado e Justiça (CONSEJ).
Diante da confirmação do primeiro caso de coronavírus no estado, a entrada de visitantes externos, sejam familiares, advogados ou defensores públicos, ficou suspensa em todas as penitenciárias do Estado.
Por esse motivo, observou-se a necessidade de realizar essa ação com o objetivo de amenizar a ansiedade e para que eles tivessem notícias dos seus familiares. A ligação durava cinco minutos e era por viva voz.
A ação contou com a coordenação do diretor da unidade, Antônio Enrique Cordeiro, o diretor adjunto, Marcel Amorim Borges, e o responsável pelos setores de serviço social e psicologia Jefferson Azevedo, além dos monitores de ressocialização.
Para o reeducando Ronaldo Rodrigues, é uma satisfação poder ter contato com sua esposa e filha, já que estava se sentindo triste ultimamente. De acordo com a assistente social Ana Maria Bezerra, foi de suma importância esta ação na unidade. Percebeu-se que os reeducandos ficaram menos ansiosos e expressaram satisfação em conseguir falar com algum familiar.
Em virtude da prevenção da Covid-19, as visitas ao sistema prisional do
Centro de Detenção Provisório Feminino foram suspensas. Essas medidas buscam resguardar as reeducandas do contágio.
Nos dias 23 e 24 de março, a ação foi realizada e foram feitas 82 ligações. Cada uma teve a duração de 5 minutos e serviu para amenizar os impactos emocionais diante da ausência presencial de seus familiares.
Na ressocialização, o papel da família é importante para o fortalecimento do vínculo familiar. Diante disso, a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) realizou uma ação para que as internas ligassem para os seus familiares acompanhados pela assistente social da unidade, Patrícia Silva, com o apoio da equipe operacional.
A ação teve um saldo positivo, pontilhada de comoções por parte de familiares e reeducandas que, inclusive, na ligação tiveram oportunidade de falar com os demais parentes que não possuem cadastro
Atividades físicas, esportes e treinos funcionais foram ofertados para as reeducadas do Centro de Detenção Provisório Feminino nos dias 11 e 12 de fevereiro.
Na primeira fase do Projeto Medida Certa, as internas com hipertensão arterial, diabetes e obesidade puderam realizar um treinamento funcional e ginástica laboral, além de jogar vôlei, futebol, xadrez e dominó. Segundo o professor de educação física da unidade Cleverson Cruz, é a partir dessas atividades físicas e recreativas que o convívio social é favorecido e as reeducandas podem mostrar suas habilidades físicas esportivas.
Para a reeducanda Thais Rejane Barbosa, “está sendo muito importante este projeto, pois me sinto mais disposta durante o dia e é uma forma que temos para passar o tempo. Além disso, é muito divertido quando todas participam e, principalmente, quando o professor coloca música para a gente dançar. De certa forma, isso contribui para a nossa saúde física e mental”, afirma.
A intenção do projeto é sempre manter a satisfação e motivação das participantes mantendo, na medida do possível, uma forma física e uma alimentação dentro da unidade.
A Umanizzare ofereceu ao Centro de Detenção Provisória de Manaus o curso de Bombeiro Hidráulico, com início no dia 4 de fevereiro. Ao todo, 11 reeducandos finalizaram o curso e conseguiram a capacitação técnica.
O curso, que aconteceu na Escola Estadual Giovanni Figlioulo, contou com a carga horária de 102 horas e foi ministrado pelo instrutor Rildo Mota Cordovil. Foram desenvolvidas habilidades técnicas em instalação e manutenção hidráulica, visando a capacitação eficaz dos serviços nesta modalidade. Assim sendo, o interno ao concluir o curso, está preparado para diagnosticar, reparar, instalar e manter em funcionamento as instalações hidráulicas conforme projetos, normas técnicas e procedimentos específicos.
Destaca-se ainda que, além da qualificação profissional, a empresa oferece a oportunidade de desenvolvimento nos trabalhos voluntários da unidade, para uma possível remição de pena dos participantes que obtiveram melhor desempenho no curso.
Os certificados foram entregues no dia 6 de março pelos diretores e convidados, os quais parabenizaram os formandos pelo desempenho e dedicação. No final do evento, o reeducando Mateus dos Santos Ribeiro fechou a cerimônia com a seguinte fala: “Esse curso mudou os meus pensamentos, vou abraçar essa oportunidade para minha vida lá fora”.
Na primeira semana de março iniciou-se a Semana da Mulher Privada de Liberdade, um evento com programação realizada no Centro de Detenção Provisória Feminino. Na ocasião, estiveram presentes 81 reeducandas.
A programação contou com palestras psicoeducativas administradas pela psicóloga Ana Paula Pereira e a Assistente Social Patrícia da Silva. Foi proporcionado um momento de aprendizado, bem como informações sobre a data comemorativa e sobre conquistas femininas ao longo dos últimos séculos. Após a palestra, foi realizada uma homenagem com vídeos de reflexões e valores que cada mulher possui, seja no âmbito profissional/familiar e enaltecendo as qualidades e o crescimento de cada uma.
Houve também a participação do Supervisor Anézio Batista, realizando uma homenagem com palavras de motivação e reflexões a respeito do dia a dia dentro da unidade prisional. Ao final, foi proporcionado um momento musical com o canto de músicas cristãs. As internas agradeceram o momento, participando da atividade, tendo sido oferecido o espaço para quem quisesse a oportunidade de cantar.
O educador físico Cleverson Guimarães realizou gincanas competitivas entre as reeducandas, que participaram ativamente da atividade. Além de proporcionar um momento de recreação, reforçando a importância de realizar atividades físicas dentro do sistema prisional, as ganhadoras da gincana receberam brindes como premiações. A cabeleireira Karla Alexandra Nogueira também participou do evento fazendo corte de cabelo, esmaltação, escova e penteados. As atividades tiveram encerramento no dia 10 de março, com uma dinâmica com sorteios de brindes e coffee break.
O Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF) realizou, no dia 11 de fevereiro, no Pavilhão 2, o Projeto Espaço Terapêutico – Grupo Operativo. O objetivo principal é promover um processo de aprendizagem coletiva, trocas de experiências e opiniões de cada participante.
Aprender em grupo significa uma leitura crítica da realidade, uma atitude investigadora, uma abertura para as dúvidas e para as novas inquietações. É neste contexto que o sujeito interage construindo-se socialmente e, ao mesmo tempo em que se constrói, participa ativamente da construção pessoal.
A atividade, que foi desenvolvida pela psicóloga Ana Paula Nogueira Pereira, teve como tema “Trabalhando a Autoestima”. Foi realizada uma técnica de psicoeducação para informatizar os contextos que envolvem autoestima, exemplificando formas de alcançar novas perspectivas e fortalecer a valorização da mulher. Além disso, foram trabalhadas dicas para serem adotadas no dia a dia com o intuito de elevar o amor-próprio. Todas as envolvidas obtiveram participação satisfatória e demonstraram interesse em dar continuidade ao trabalho nos próximos encontros. Estiveram presentes 16 reeducandas.