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Quinze internos da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) iniciaram o curso de Eletricista Predial nesta terça-feira (05/02). Esta é a primeira edição do curso de capacitação profissional em elétrica na unidade, sendo realizado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e pela empresa de co-gestão, Umanizzare Gestão Prisional.

O curso tem carga horária total de 160 horas, sendo ministradas aulas diárias com três horas de duração. Além disso, o planejamento das atividades destaca o estudo da teoria, seguido da prática com os materiais específicos. A qualificação educacional visa instruir e preparar o aluno para o mercado de trabalho. Os alunos que participarem das aulas ainda são incluídos no sistema de remição de pena da unidade através do estudo.

O curso capacita para diversas atividades relacionadas a instalações residenciais e comerciais, como fiação, cabeamento, instalação de quadros elétricos ou caixa de energia e iluminação, entre outros.

O professor Jones Barreto ministrará as aulas dentro da unidade prisional, apresentando desde a teoria até a prática, além de dar dicas valiosas ao reeducandos. “Os alunos se mostraram bastantes receptivos em relação ao curso. Eles estão bastante otimistas, querendo aprender e exercer a função como prestador de serviço ou autônomo”, comentou.

Incentivo – Além de ocupar o tempo ocioso dentro das unidades, as atividades do curso agem como meio de ressocialização, incentivando os internos à vida profissional. “É uma oportunidade que eu estou tendo de retomar minha vida, sendo uma forma de eu me capacitar e sair de uma vida de crimes, me tornando um profissional de qualidade”, comentou um dos alunos.

Remição de pena – A remição por meio do estudo está prevista na Lei de Execução Penal, de nº 12.433, na qual o condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto pode remir um dia de pena a cada 12 horas de frequência escolar, caracterizada por atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, superior, ou ainda de requalificação profissional.

Os reeducandos da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) participaram esta semana de mais uma edição do “Programa Espaço Terapêutico”.  A dinâmica utilizada pelos psicólogos da Umanizzare Gestão Prisional foi a de transmitir confiança aos internos, com o objetivo de tornar mais humano o ambiente carcerário, por meio da troca de informação entre os participantes.

A equipe de profissionais da unidade, tendo à frente a psicóloga  Patrícia Mendes, desenvolveu o tema: “Troca de segredos”. A atividade consiste em que cada um dos participantes escrevesse num papel um segredo ou um problema que não se sentia confortável para falar em público. Em seguida os papéis eram trocados e cada um tinha de ler a mensagem em voz alta, assumindo aquele segredo como se fosse dele.

 “O objetivo da atividade é observar a empatia e o comprometimento do colega de confinamento em guardar segredo do que era tratado, fortalecendo assim a confiança com melhor feedback dentro do grupo”, explicou a psicóloga, que considerou a dinâmica muito proveitosa com o grupo, conseguindo encontrar soluções trocando ideias e conversando entre si.

O Espaço Terapêutico da UPI tornou-se um local essencial no programa de ressocialização dos internos, proporcionando aos participantes uma convivência mais agradável e fortalecendo os laços de amizade, afeto, empatia e respeito.

Ainda de acordo com Patrícia Mendes, essa dinâmica mostrou que quando você não se identifica fica mais encorajador a expor o que incomoda e isso possibilitou que a equipe de saúde mental da Umanizzare identificasse alguns casos que merecem acompanhamento individual dentro da unidade.

Para o reeducando, Rondineli Abreu, a atividade foi importante. “Tivemos a oportunidade de nos conhecermos mais, sem falar que acabamos dividindo com os outros participantes fatos que nos  incomodava. Saímos mais próximos e fortalecidos depois desta ação”, disse Rondineli.

Como parte da programação preventiva realizada nas unidades prisionais estaduais pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), em parceria com a Umanizzare, foi encerrado, nesta sexta-feira (1), um mutirão de saúde no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat). Na ocasião, foram atendidos 1041 internos daquele presídio.

A ação visa evitar surto de doenças, principalmente de pele, na população carcerária. As atividades coordenadas pelo diretor do Ipat, Fernando Maurício Pedrosa Castelo Branco, envolveu uma equipe de cinco médicos, dois enfermeiros e seis técnicos de enfermagem.

Da última quarta-feira (30) até sexta-feira (1), 100% da população carcerária do Ipat foi atendida. Um total de 1041 detentos dos pavilhões A, B e C recebeu medicamentos e orientações médicas, que serão acompanhadas pela equipe de saúde da unidade.

“Esse trabalho faz parte de uma série de ações desenvolvidas pela Seap com a finalidade de levar a assistência médica nas unidades prisionais, seja no combate ou no tratamento de doenças”, disse o secretário da Seap, Marcus Vinícius de Oliveira Almeida.

Para o médico que coordenou o mutirão, Ítalo Felipe Alves Antunes, a  população carcerária representa um desafio aos cuidados de saúde pelas condições ambientais, contato íntimo e hábitos que os reeducandos são submetidos durante reclusão.

Segundo ele, “por meio do apoio operacional e multiprofissional, foi possível realizar atendimento básico de saúde aos mais de mil internos da unidade fundamental para o tratamento adequado. Além disso, foi possível identificar casos que necessitam de atendimento especial e serão levados para consulta ambulatorial nos próximos dias”, explicou o médico.

Ainda de acordo com Ítalo Felipe, entre as patologias mais recorrentes nos reeducandos foram constatadas as doenças de pele com a escabiose, a popular coceira, com maior ocorrência. A programação do mutirão prossegue em março nas outras unidades do sistema penal amazonense.

O Curso de Designer de Sobrancelhas foi promovido no Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF), no horário matutino, através do Projeto Lisbela e teve encerramento na sexta-feira (04/01). As aulas eram ministradas pela instrutora Marines Costa. O projeto é desenvolvido por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Umanizzare Gestão Prisional, que faz a cogestão da unidade prisional do Amazonas.

As aulas de Designer de Sobrancelhas permitiram às reeducandas aprenderem técnicas inovadoras, dentre elas de visagismo. De acordo com a gerente administrativa da unidade, Samira Valéria de Souza, o curso de designer é o mais procurado no ramo de beleza, principalmente, nas clínicas de estética de Manaus e as participantes têm a oportunidade de seguir carreira profissional promissora, após o cumprimento da pena.

Samira explica que o curso teve a participação de 10 reeducandas, a carga horária foi de 80 horas. A seleção das participantes foi realizada através do Serviço Social e Psicologia da CDPF. Ao término da cerimônia do curso, todos os presentes participaram de um Coffee Break.

“Os cursos são essenciais para a vida das reeducandas na unidade, dão um novo Norte para vidas delas. O curso de designer de sobrancelhas é bem procurado no ramo de beleza, além de fazer as aulas, as reeducandas voltam a ter autoestima. E também passam essa dádiva para outras mulher que gostam de se cuidar”, explica a gerente administrativa do Centro de Detenção Provisório Feminino, Samira Valéria de Souza.

A Umanizzare, empresa que faz a cogestão em seis presídios no Estado, e a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), promoveram ações no Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) , com o  objetivo de levar as internas a uma reflexão sobre a importância dos cuidados com a saúde mental e emocional.

As atividades fazem parte do “Janeiro Branco”, mês dedicado  a conscientização da saúde mental e emocional, criado em 2014, adotadas por entidades médicas de todo o Brasil.  A programação foi realizada em etapas, entre os dias 15 a 22, pelos setores de psicologia e assistência ocupacional e desportiva da unidade.  

A programação foi voltada para as reeducandas dos pavilhões 1, 2 e 3 – com a participação de 12 internas. Elas receberam palestras, orientações e exercícios sobre os cuidados que elas precisam ter para manter a saúde mental. Os atendimentos psicológicos são feitos periodicamente, independente dos projetos e campanhas.

Segundo o psicólogo, Igor Felipe Almeida, os estudos apresentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde indicam que, no Brasil, tem crescido o número de pessoas com problemas relativos à saúde mental e emocional.  Entre estes problemas, destacam-se os transtornos de ansiedade, esquizofrenia, transtornos alimentares, estresse pós-traumático, somatização, transtorno bipolar, transtorno obsessivo compulsivo e depressão.

“Trabalhamos com elas de modo que passem a pensar de forma otimista, encarando os problemas com mais facilidade. As crenças influenciam nas coisas boas ou ruins que acontecem durante a vida. Além disso, é importante que elas entendam a necessidade de traçar metas, mesmo privadas de liberdade. As conquistas, sejam por meio dos projetos e cursos realizados aqui dentro, fazem com que se sintam melhores”, disse o psicólogo.

 

O educador físico, Lemichel  Háyden de Araújo, realizou sessões de ginástica laboral com a finalidade promover a saúde, qualidade de vida das internas, entre outras ações que fazem parte da campanha voltadas para a saúde mental das detentas. De acordo com ele, a atividade provoca a liberação de substâncias químicas cerebrais que fazem elas se sentirem mais felizes e relaxadas.

 “O esporte é sinônimo de qualidade de vida. Visamos sempre o bem-estar dos internos, portanto, quando realizamos as competições não pensamos apenas em auxiliar na ressocialização, mas atingir um condicionamento físico salutar, combater doenças, garantir uma mente saudável, entre outros benefícios”, explica o professor.

Para a reeducanda, Ruth Helena do Rosário, a importância da atividade e do acompanhamento psicológico “preparam a gente para quando sairmos daqui”.

O curso foi promovido no Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF), no horário matutino e vespertino, através do Projeto Mãos Livres, teve encerramento na sexta-feira (04/01). As aulas eram ministradas pela instrutora Angêla Oliveira.

As aulas de ‘Enfeites Natalinos’ proporcionaram as reeducandas a capacitação, e permite a perspectiva de ofício, após o cumprimento da pena. Além de oferecer acesso a um trabalho que auxilia na quebra de tensão do ambiente prisional. Elas ainda ganham o direito de remição de pena, por participarem dos cursos profissionalizantes.

De acordo com a gerente administrativa da unidade, Samira Valéria de Souza, o curso teve duas turmas. No total, 20 reeducandas participaram do projeto. A carga horária foi de 80 horas. A seleção das participantes foi realizada através do Serviço Social e Psicologia da CDPF. Ao término da cerimônia do curso, todos os presentes participaram de um Coffee Break.

“Os cursos que passam nesta unidade somam na vida das reeducandas. Quando saírem, vão ter um curso para produzir algo lá fora, vão ser profissionais nos cursos ministrados, ou seja, terão outra visão de mundo”, ressaltou a gerente administrativa.

Com o objetivo de aumentar a imunidade dos internos da Unidade Prisional de Itacoatiara ( a 177 Km em linha reta de Manaus), a equipe técnica da Umanizzare e  direção do presídio realizaram na semana passada uma ação polivitamínica, que teve com tema: “Vitamina C x Imunidade!”.

Participaram da atividade internos do Pavilhão A, B, Triagem e Enfermaria, totalizando 72 reeducandos, que receberam orientações sobre a importância de uma alimentação completa, rica em frutas, legumes, verduras e  também vitamina C em gotas, em medicação assistida.

A gerente da unidade, Maria Domingas Printes, explicou que a Vitamina C protege contra a  baixa imunidade, doenças cardiovasculares, doenças dos olhos e até envelhecimento da pele,  e também ajuda a fortalecer os vasos sanguíneos e a regular os níveis de colesterol.

Ainda segundo ela, a ação polivitamínico faz parte das atividades planejadas pela equipe de saúde, que quase sempre acontece após  a medicação para verminose, realizada no último mês de novembro, com a finalidade de evitar diarreias.

Para a Enfermeira Graciane Fábio, a ação é importante porque a vitamina estimula o sistema imunológico dos  internos, promovendo maior resistência às infecções, pois sabe-se que estão propensos a isso no seu cotidiano.  

“A vitamina C não serve apenas como um potente  antioxidante, ajudando no bom funcionamento da pele, é eficaz também  no tratamento de inflamações, manchas, envelhecimento e até mesmo para a proteção contra os efeitos da radiação solar”, explicou  a enfermeira.

O reeducando, Wesley Belém Lacerda, aprovou a iniciativa e disse que a ação é importante porque “a vitamina C aumenta a proteção do nosso  organismo, evitando diversas doenças como resfriados e até uma possível inflamação”.

                Entre as diversas ações realizadas pela Umanizzare, empresa que faz a cogestão de seis presídios no Estado em parceria com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), a exibição de filmes do projeto Cine Cultura tem sido utilizada para manter a saúde física e mental do reeducando, visando o seu retorno à sociedade.

                Para o secretário da Seap, o tenente-coronel, Marcus Vinícius Oliveira de Almeida, a valorização e o resgate da dignidade humana são fatores indispensáveis nos trabalhos de ressocialização que são realizados com os detentos. “Os filmes possibilitam enxergarmos a realidade com mais clareza e um maior entendimento sobre nossos sentimentos. Isso é fundamental no processo de reinserção dos internos”, destacou.

               Segundo o coordenador técnico da empresa, Valter Sales , a sétima arte levada para dentro dos presídios tem ajudado na socialização do interno. “Com a educação cultural, diminuímos significativamente ocorrências truculentas dentro dos presídios, promovendo atividades de interação e reflexão que oferecem melhores perspectivas acerca do futuro”, explica Sales.

               Ainda de acordo com o Sales, a escolha das exibições é realizada cuidadosamente pela equipe de psicólogos da Umanizzare, com um conteúdo que leve os internos a uma reflexão e valorizar a liberdade e outros valores morais que contribuam  para a sua ressocialização e convivência harmônica.

               “Todos os filmes selecionados têm situações que, de uma forma ou de outra, podem ser usadas para trabalhar mudanças de atitudes e de comportamento que venham a beneficiar as relações interpessoais, bem como despertar em cada reeducando, motivações que possam cultivar mudanças em sua vida”, afirma o coordenador técnico.

               As sessões nas unidades são realizadas geralmente às sextas-feiras, mas podem  haver sessões extras.

“Um Novo Despertar”

               A atração desta semana é o filme “Um Novo Despertar”. Ele será exibido para as internas do Centro de Detenção Provisória Feminina (CDPF), que vão assistir a história de Walter Black (Mel Gibson), um empresário que está sofrendo de depressão profunda e parece ter chegado ao fundo do poço. Sua esposa Meredith (Jodie Foster) o expulsa de casa, o que o leva a beber e pensar em cometer suicídio. Mas um dia, em suas andanças, Walter conhece O Castor – um fantoche de mão do animal encontrado no lixo – que conversa com ele com um sotaque britânico.

O projeto tem como finalidade quebrar a monotonia do dia-a-dia e proporcionar uma reflexão entre os reeducandos após cada exibição de filme.

               Walter então descobre um novo sentido para a vida por meio das dicas do Castor, reaproximando-se de sua família e voltando ao seu trabalho. Porém, as coisas começam a dar errado novamente quando o Castor começa a tomar por completo o controle da vida de Walter.

 

 

 

 

 

Mais de 120 homens e mulheres do sistema prisional do Amazonas estão capacitados para empreender ou exercer as mais diversas profissões de variados segmentos do mercado de trabalho, após o cumprimento da pena.  

Eles foram capacitados por meio do Núcleo de Aprendizado Profissional (NAP), criado pela Umanizzare Gestão Prisional Privada, empresa que faz cogestão em seis unidades da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

Ao todo foram ministrados 13 tipos de cursos profissionalizantes voltados para os reeducandos. As especialidades foram em Instalação e Manutenção de Condicionadores de Ar, Bombeiro Hidráulico, Pintura Predial, Eletricista Predial, Organizador de Eventos, Ornamentação com Balões, Barbeiro, Marcenaria, Artesanato, entre outros.

As aulas foram realizadas por meio do Núcleo de Aprendizado Profissional (NAP), criado pela Umanizzare Gestão Prisional, com cursos voltados para ressocialização e inserção dos reeducandos no mercado de trabalho

Na Penitenciária Feminina de Manaus (PFM) as reeducandas receberam os cursos de Oficina de Pintura em Tecido, Artesanato em EVA, Confecção de Ovos de Chocolate, Oficina de Artesanato em Feltro, Artesanato em Flores Gigantes e Curso de Biscuit.

Das quase 100 internas do PFM, mais de 40% (45) aproveitaram a oportunidade e concluíram os cursos, tendo  ondições de encarar o mercado de trabalho e até mesmo para abrir a própria empresa, se tornando uma microempreendedora.

  Remição pelo trabalho – Segundo o coordenador técnico regional da Umanizzare, Valter Sales, o interno precisa de atividades que ofereçam um futuro de volta à sociedade.

“Os cursos, além de capacitar o reeducando profissionalmente, ensina uma habilidade, tira o interno da ociosidade e proporciona aos que se formam o acesso a política de remição de pena pelo trabalho, podendo reduzir o tempo de permanência na prisão”, diz Valter enfatizando que o  comportamento dos internos também melhora muito.

Unidades Masculinas – Os presídios masculinos também receberam cursos profissionalizantes. No Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM) os cursos  mais procurados foram os de Teologia, Eletricista Predial e de Barbeiro. Aproximadamente 42 internos receberam certificação para trabalhar nessas áreas.

No Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) foram oferecidos cursos para profissionalizantes para formação de Barbeiro, Agente de Saúde, Oficina de Confecção de Luminárias em Barbante e em PVC.

Na Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), localizada a 177 quilômetros de Manaus, entre os cursos oferecidos com maior participação dos internos estão o de Pintura Predial, Escultura com Balões, Barbeiro.  Dos cerca de 100 custodiados hoje na unidade, 70 receberam formação profissional.

NAP – A proposta do Núcleo de Aprendizado Profissional da Umanizzare  é atuar junto a parcela majoritária da população carcerária, que possui apenas o ensino fundamental incompleto e que está diretamente associada aos altos índices de evasão escolar, o ensino profissionalizante.

Quinze internos da Unidade Prisional de Itacoatiara estão habilitados para trabalhar com artesanato em vime. Eles concluíram o curso de Artesanato do projeto “Mãos Livres”, realizado pela Umanizzare Gestão Prisional, que tem como objetivo a reinserção dos reeducandos na sociedade e inclusão no mercado de trabalho. A Umanizzare faz a cogestão de seis presídios no Estado, administrados pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).

O projeto “Mãos Livres” prevê a releitura dos artesanatos confeccionados pela população carcerária  e um conjunto de trabalhos manuais de natureza terapêutica, além de acesso a noções de técnicas modernas de arte, com foco em sustentabilidade e design. O projeto ainda permite aos internos se familiarizarem com planejamento de negócios, proposta de valores, marketing e análise de mercado.

O curso foi ministrado em parceria com os artesãos da Associação dos Artesãos de Itacoatiara, pelos instrutores Alzarina Nobre de Souza e Valdomiro Serrão. Foram 15 dias de aulas com 45 horas de carga horária para os internos da Triagem, local onde ficam os presos separados de menor periculosidade. Durante as aulas foram confeccionadas 92 peças de diferentes formatos e tamanhos.

Segundo o  instrutor Valdemir José Serrão ministrar o curso em um  ambiente prisional é satisfatório, porque faz toda a diferença para a vida dos presos. “Os internos foram respeitosos, dedicados, assíduos e comprometidos com as tarefas”, disse.  

A gerente técnica da (UPI), Maria Domingas Printes, acrescenta ainda que o curso traz para os internos a aprendizagem de algo muito simples, com pouco material de investimento.  ”Além disso, projeto ensina uma habilidade, minimiza o aspecto ocioso do contexto carcerário e proporciona uma forma de obter dinheiro de forma regular, já que os parentes participam de feiras de artesanato pela cidade, e conseguem uma renda extra com a venda do que foi produzido aqui dentro”, afirma  Domingas.

Remição de pena – Os internos voluntários que participam da oficina também ganham  remição de pena pelo trabalho, podendo reduzir o tempo de permanência na prisão.