Reeducandas da Penitenciária Feminina de Manaus (PFM),
participam nesta sexta-feira, (4), de momento terapêutico no
‘Grupo Operativo, atividade que é desenvolvida nas unidades
prisionais e tem como objetivo promover a interação e o respeito
entre reeducandos, além de levar o autoconhecimento e soluções
para dificuldades e obstáculos enfrentadas pelas pessoas que
tiveram a liberdade privada.
De acordo com a psicóloga, Miscilene da Silva de Lima, nos
encontros do ‘Grupo Operativo’ são realizadas exibições de vídeos,
músicas e debates. A psicóloga explica que, geralmente, as atividades
são realizadas com um número de 10 reeducandas.
“Dividimos o momento terapêutico em duas partes, com um
processo de boas-vindas, quando eles se cumprimentam e uma
dinâmica de desenvolvimento pessoal e autoconhecimento”, disse a
psicóloga.
Miscilene conta que o processo de boas-vindas, tem como objetivo o
autoconhecimento, a análise e avaliação de como a pessoa tem
conduzido a vida. Com o objetivo de vislumbrar barreiras e
empecilhos que existem em sua jornada, assim como soluções para
transpor esses obstáculos e dificuldades.
A psicóloga explica que o projeto do Espaço Terapêutico, busca fazer
trabalhos laborais e terapia em grupo. Miscilene disse que o
programa é uma forma de diminuição das tensões e comunicação em
grupo.
“Para as reeducandas, participar da atividade, representa a mudança
na visão de como o mundo apresenta as diversas situações de
convívio social, sejam momentos de oportunidades, ou até, de
situações tensas e desagradáveis, além de abrir oportunidades para o
futuro.
Vacinação vai até julho com o objetivo de imunizar 8.300 mil pessoas, entre presos e servidores do sistema penal
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Umanizzare Gestão Prisional estão vacinando os presos e colaboradores do sistema carcerário contra o vírus da gripe H1N1. A ação vai até julho e tem o objetivo de imunizar 8.300 mil pessoas como parte da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza e integra o calendário do Ministério da Saúde (MS).
As doses da vacina foram disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e são aplicadas em dose única para prevenir a doença até a próxima campanha, que acontece anualmente.
De acordo com o secretário de Estado de Administração Penitenciária, coronel da Polícia Militar do Amazonas, Cleitman Coelho, a vacinação é a estratégia mais eficaz para evitar surtos da doença, que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) mata mais de 650 mil pessoas todos os anos.
Ainda segundo o secretário, o confinamento aumenta o risco de difusão de vírus e pode acarretar complicações maiores, com custos mais elevados no tratamento. “Por isso, a população prisional entrou no grupo de prioritários pelo MS para vacinação, a imunização contra a gripe é a forma mais segura e eficiente para a redução do impacto da doença”, afirma Cleitman.
Unidades – O Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF) foi uma das primeiras unidades do Estado a receber a vacinação. Aproximadamente 90 internas foram imunizadas. Para o enfermeiro da Umanizzare, Anderson Pompeu, e a técnica de enfermagem Pamela Vieira, “as pessoas privadas de liberdade estão mais propensas à gripe, por estarem em ambientes de aglomeração e a vacina minimiza a possibilidade de uma epidemia de gripe, que pode levar a casos de pneumonia ou até mesmo à morte”.
A reeducanda, Vanessa da Silva, foi uma das que tomou a vacina e disse que se sente mais segura. “Além da imunização, esta ação sempre vem com informações extras ensinando como devemos fazer para manter a higiene pessoal e cuidar da saúde”, destaca a interna.
A influenza – é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, seu agravamento pode levar à morte, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais).
Sintomas – Os principais sintomas da gripe H1N1 são febre, calafrios, tremores, dores de cabeça, dor de garganta e rouquidão, tosse seca, coriza, dor no corpo e cansaço. O diagnóstico é feito por avaliação clínica e exame laboratorial.
Presos do regime fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj-Fechado), participam de oficina de confecção de luminárias em tubos PVC no “Projeto Mãos Livres”. O projeto que é inserido na política de qualificação profissional da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), é realizado em parceria com a Umanizzare Gestão Prisional nas prisões do Estado e será desenvolvido nesta segunda-feira (7), na quarta-feira (9), quinta-feira (10) e sexta-feira (11).
De acordo com o gerente técnico da Umanizzare, Valter Sales, o objetivo do projeto é fazer com que os reeducandos possam obter uma renda extra e sair da ociosidade. Além de ter conhecimento técnico, produzir e comercializar artigos e obter uma renda para o sustento da família.
Valter Sales informou que os reeducandos recebem matérias para que possam desenvolver a atividade, e o que eles faturam com a produção e venda das luminárias é enviado para os seus familiares. Sendo que parte do lucro é destinado para compra da matéria prima, para que possam dar continuidade na produção.
“O projeto de confecção de luminárias é uma grande oportunidade para o reeducando abrir seu próprio negócio e se tornar um empreendedor, garantindo o sustento quando estiver em liberdade”, explicou o gerente.
Segundo Valter, enquanto os reeducandos estão reclusos, o curso proporciona uma maneira de ganhar dinheiro regularmente, uma vez que os parentes participam das feiras de artesanato pela cidade e conseguem uma renda extra com a venda dos produtos.
De acordo com Valter Sales, as ações desenvolvidas para o curso estão focadas na ressocialização por meio do aprendizado de uma profissão. Também têm cumprido vários papéis nas unidades, inclusive com a melhora no comportamento dos internos.
Remição de pena
Os internos voluntários que participam da oficina também ganham remição de pena pelo trabalho, podendo reduzir o tempo de permanência na prisão. Nas três semanas, espera-se uma redução de quatro dias remidos para cada apenado.
Iniciativa faz parte do projeto de ressocialização para conscientizar reeducandos e seus familiares sobre gravidez, doenças e família.
Finalizando as ações do mês de maio, a Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) realizou no dia 24, mais uma ação do Projeto Planejamento Familiar. Esposas e internos receberam orientações sobres questões relacionadas à gravidez, cuidados que podem evitar infecções sexualmente transmissíveis (ISTS) e a importância do vínculo familiar.
De acordo com a gerente técnica da UPI, Maria Domingas Printes, todos os assuntos são abordados de forma lúdica e interativa para fortalecer cada vez mais a família, como base para a construção do indivíduo em sociedade. Domingas ressaltou, ainda, que ser família de detento atrai estigmas sociais que precisam ser enfrentados.
“Por isso o acolhimento e planejamento caminham juntos. Os assistentes sociais e psicólogos promovem palestras educativas e criam ambientes de confraternização e de interação entre os familiares, de um jeito que a informação chegue tranquila e o mais importante, de forma eficiente”, avalia Domingas.
Já a assistente social da Umanizzare Gestão Prisional, cogestora da UPI, Ana Bezerra, explicou aos reeducandos e as esposas sobre os cuidados que devem ter com a prevenção das ISTS e os locais que oferecem o serviço de planejamento familiar gratuitamente, as chamadas Unidade Básica de Saúde (UBS) implantada nos municípios.
A esposa do reeducando Arnaldo de Oliveira Rolim, Luciana de Lima Cordeiro, aprovou a ação. Segundo ela, foi possível tirar dúvidas, principalmente sobre como planejar o momento certo de ter filhos.
A equipe de saúde da Umanizzare esteve à disposição dos convidados durante a ação. A psicóloga, Patrícia Mendes, destacou que o planejamento trás questionamentos e reflexões dentro do grupo sobre planejar o presente e o futuro a qualidade de vida mental, física, psicológica para a família. Para a dentista Tamiris Ferreira, o projeto é gratificante porque dá oportunidade de transformar a vida dos reeducandos e seus familiares de forma positiva.
“Reatar laços familiares em circunstâncias tão adversas é uma tarefa delicada, as palestras socioeducativas com linguagem acessível, faz com que todos entendam a importância de controlar a taxa de natalidade e os cuidados que precisam ser tomados para evitar doenças sexualmente transmissíveis”, alerta a psicóloga.
A enfermeira, Julli Janaína, afirma que a educação em saúde é um processo de aprendizagem contínuo e que o enfermeiro é um educador preparado para propor estratégias no intuito de oferecer caminhos que possibilitem este ensinamento como a importância da higiene pessoal e a necessidade de usar preservativos.
Para finalizar a ação foi entregue aos participantes kits com pacotes de preservativos; sabonetes íntimos, sabonetes artesanais, feitos pelos próprios reeducandos da unidade, toalha de rosto e folders informativos sobre os temas abordados.
Projeto disponibiliza espaço de acolhimento para filhos dos presos, tornando a visita dos familiares menos traumática.
Com apenas dois anos de implantação, o projeto “O Pequenino” é considerado pela Justiça amazonense como um dos mais bem sucedidos programas de reinserção social, de acordo com a promotora de justiça, Tânia Feitosa e o juiz da 1ª Vara, João Gabriel Feitosa, que estiveram esta semana visitando a Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), no município localizado a 170 Km de Manaus, onde o projeto vem sendo desenvolvido.
O pequenino foi idealizado pela Umanizzare em 2015, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj/regime fechado). Atualmente, todas as seis unidades cogeridas pela empresa possuem um local adequado para acolher às crianças em um ambiente colorido e recreativo, que em nada lembra as tensões comumente geradas no contexto do cárcere.
Desenvolvido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e Umanizzare Gestão Prisional Privada, o projeto atende ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sendo bastante elogiado pelos familiares, que antes temiam pela presença dos filhos nos presídios.
Diferente das outras unidades, quando o projeto é realizado durante o cadastramento da família em dias de semana, na UPI ele acontece aos sábados e domingos, das 8h às 11h. Outro diferencial é que na UPI a produção de brinquedos com material reciclável, para as crianças, é feita pelos detentos. Além disso, há sempre um interno voluntário para contribuir com o projeto, acompanhando as crianças nas atividades lúdicas.
Com as crianças distraídas e imersas num ambiente com ações lúdicas e pedagógicas, os pais maridos podem usufruir mais do período da visita, abrindo oportunidades para melhorar os laços afetivos.
“Mesmo lidando com o ambiente prisional, conseguimos ter uma atmosfera saudável para as crianças e percebemos que elas ficam contentes e aprendem a conviver socialmente uma com as outras”, explica a gerente técnica corporativa da Umanizzare, Sheryde Karoline.
Para a psicóloga Patrícia Mendes, o projeto resgata a alegria das crianças e por consequência dos pais. “Não é porque estamos dentro do sistema carcerário que as crianças precisam se sentir presas, aqui podem utilizar materiais recicláveis para produzir brinquedos e trabalhar a imaginação, além de terem acesso a lápis de cor, tintas guache, palitos de picolé e desenhos para colorir, tudo que uma criança precisa para sorrir e crescer mais saudável”, define a psicóloga.
“Neste mês de maio recebemos 59 crianças no “O Pequenino” quando a média era de 15 a 20. Os números comprovam que as mães confiam no projeto e que as crianças estão cada vez mais à vontade no lugar criado para elas, em que a interação com o interno, com o pai é leve, despreocupada e feliz”, afirma a assistente social da UPI, Ana Maria Bezerra.
A gerente técnica da UPI, Maria Domingas Printes, ressalta que com o aumento do número de crianças, houve a necessidade de transferir o espaço para outro local no sentido de melhorar a acomodação das crianças.
“Optamos por um local longe de caixas de sons e televisor, uma vez que a interação é fundamental. O projeto é destinado para atividades lúdicas, entretenimento e troca de afeto, um sentimento que começa a brotar antes mesmo deles chegarem, com os pais se dedicando em deixar o local aconchegante para seus filhos”, diz a gerente técnica da UPI.
Presos do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), passam por avaliação nos dias 29 e 30, terça e quarta respectivamente, no projeto “Remição pela Leitura”. Ao todo, serão 25 reeducandos que vão passar pelo projeto que atende a recomendação nº 44/2014, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
De acordo com a assistente administrativo e apoio do corpo técnico da unidade, Francisca Kelly Freitas do Nascimento, o projeto é desenvolvido por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a cogestora das unidades prisionais no Amazonas, a Umanizzare Gestão Prisional.
“O programa de remição da pena pela leitura dentro das unidades prisionais é um projeto que viabiliza a interação entre os participantes, desenvolve um momento de aprendizado para os reeducandos e promove um processo de socialização”, disse a assistente administrativa.
De acordo com a assistente administrativa, para conquistar remição da pena pela leitura, os presos são avaliados por profissionais da Umanizzare, da Seap e, na maioria das vezes, por profissionais do público externo, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e membros do Conselho Regional do Amazonas.
Kelly Freitas explica que os reeducandos recebem o material para estudar em um período pré-estabelecido, até que chegue o momento de avaliação.“Na fase seguinte, elaboram um relatório e respondem um questionário sobre as principais questões do livro. O detalhe é que eles podem ficar com o livro por, no máximo, 30 dias e depois irão para a comissão avaliar”, disse a assistente administrativa.
Previsto em Lei – O projeto Remição pela Leitura distribui livros, previamente selecionados pela equipe técnica, com avaliação escrita e oral, atendendo a metodologia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estabelecida na Recomendação nº 44/2014, viabilizando a remição de quatro dias da pena, a cada livro e resenha/relatório de leitura de obras devidamente lidas.
As reeducandas do Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) estão recebendo qualificação profissional na área de estética e artesanato. Os cursos são promovidos pelo projeto Lisbela, criado e desenvolvido pela Umanizzare Gestão Prisional em parceria com o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam).
Nesta edição do projeto, aproximadamente 40 detentas aprendem técnicas sobre maquiagem profissional e curso de pintura em tecidos. Além dos certificados de conclusão dos cursos, previsto para serem entregues no final do mês de junho, às alunas que participam do Projeto Lisbela, também são beneficiadas com a redução da pena.
De acordo com a gerente técnica da Umanizzare, Sheryde Karoline, os cursos são focados em habilidades que possam promover autonomia e geração de renda, dando uma chance de evitar o retorno das reeducandas ao sistema penitenciário, apresentando opções para elas terem sucesso e respeito produzindo produtos e serviços pelas próprias mãos.
O curso de maquiagem tem como instrutora a especialista, Marinez Costa, e é ministrado para 22 custodiadas, divididas entre os turnos da manhã e da tarde, com carga horária de 80 horas.
Simultaneamente é realizado curso de pintura em tecido para outras 16 internas. Serão 30 dias de aula, ministradas pela professora Francimeire de Araujo.
“Elas estão aprendendo técnicas que envolvem harmonia de cores, coordenação motora para mexer com tinta entre outras práticas para a confecção de um bom trabalho. Além disso, o mais importante, é visível o quanto o curso renova a autoestima e a autoconfiança entre as internas, com a possibilidade de se tornarem empreendedoras”, diz a professora.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e equipes técnicas de saúde da Umanizzare Gestão Prisional realizam ações para evitar casos de doenças contagiosas de pele, nas unidades prisionais do Amazonas.
A iniciativa tem como principal objetivo oferecer tratamento diário para a saúde dos internos, preservando também os familiares e servidores do sistema prisional que convivem no mesmo ambiente e podem ser contaminados por doenças como a escabiose, mais conhecida popularmente como sarna.
De acordo com o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Cleitman Coelho, as intervenções ocorrem de forma integral pelas equipes técnicas no combate a um eventual surto de doenças infectocontagiosas. Ainda segundo ele, o estoque de medicamentos nas farmácias das unidades foi reforçado e os enfermeiros e agentes de socialização estão alertados para identificar qualquer sinal de doença de pele.
“O acesso a tratamentos e prevenções para doenças é direito garantido de todo cidadão, seja ele privado de liberdade ou não. Nossa proposta é promover ações como essa para garantir a saúde e o bem estar da nossa população carcerária”, disse o secretário.
Já para o gerente técnico da Umanizzare, Valter Salles, em função do caráter contagioso dessas doenças, a mobilização das equipes é permanente, inclusive com realização de palestras, marco inicial de uma série de ações a serem desenvolvidas e que devem alcançar todas as unidades cogeridas pela empresa.
“Estamos em permanente observação, adotando todas as medidas para combater as doenças de pele”, informou o gerente da Umanizzare.
UPI – Na unidade prisional de Itacoatiara (UPI), distante 177 Km de Manaus, já é realizada a segunda etapa do projeto “Ação Pele Limpa”. Segundo o médico Saul Dênnis Suero Beltrame, que coordena a ação na unidade, por serem altamente contagiosas, principalmente em ambientes prisionais, esse tipo de doença deve ser tratado com a maior brevidade possível quando diagnosticadas.
“A privação de liberdade não pode ser um impeditivo para a falta de informação e cuidados, relevante não apenas para autoestima, mas também para a saúde em geral”, afirma o médico.
A ação tem sido bem recebida pelos reeducandos que, além de aprender mais sobre a higienização do corpo, também passam a identificar possíveis doenças na pele, dando continuidade ao trabalho preventivo junto aos colegas.
Nos próximos dias os reeducando da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) devem voltar a cultivar verduras e legumes no local, viabilizando uma alimentação mais saudável, bem como a atividade de laborterapia, através do projeto “Plantando a Liberdade”.
O projeto é uma iniciativa inovadora, por meio da qual os reeducandos têm acesso a noções de plantio e cuidado com hortas. Além do caráter terapêutico e profissionalizante, o projeto tem assegurado o fornecimento diário de verduras à população carcerária.
Idealizado pela Umanizzare Gestão Prisional, o projeto foi iniciado em 2015 em parceria com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), que autorizou a utilização de uma área contígua à unidade.
“Qualquer curso, profissional ou não, ministrado aos presos enquanto cumprem pena, servem como mecanismo de ressocialização para quando saírem do sistema prisional. Esses cursos proporcionam aos egressos condições para reintegração social”, afirmou o secretário da Seap, coronel da Polícia Militar, Cleitman Coelho. Ainda em sua visão, o projeto ajuda na integração social dentro e fora do presídio. “A reabilitação social constitui uma finalidade do sistema de execução penal para que o condenado não volte a delinquir”, destacou.
Parceria renovada – Esta semana, o gerente regional do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) de Itacoatiara, João Nestor, esteve na unidade para visitar as instalações da horta e confirmou a parceria de disponibilizar engenheiros para orientar os internos quanto ao plantio.
Conforme a gerente técnica da UPI, Maria Domingas Printes, houve um recesso na produção das hortaliças por causa do período de chuva, mas que agora já é possível renovar a horta, “o “Plantando a Liberdade” é uma das atividades que os reeducandos mais gostam, por se tratar de plantas e nós colaboradores também achamos o projeto importantíssimo para a ressocialização deles, pois cuidar das hortaliças é como tratar de um ser humano: é preciso respeitar o tempo, aceitação da semente (pessoa), o brotar, crescer, até dar seus primeiros frutos”, declarou a gerente da unidade, Maria Domingas Printes.
Remição de pena – Além da oportunidade de aprender, com a dedicação junto ao projeto os internos também obtêm o direito de diminuir a pena.
Umanizzare realiza vários cursos e oficinas como terapia ocupacional, com foco na sustentabilidade.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Umanizzare Gestão Prisional estão realizando curso profissionalizante de Artesanato em Biscuit para as internas do Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF). Além das técnicas de confecção, o trabalho faz parte do projeto “Mãos Livres”, que ensina as reeducandas sobre empreendedorismo, plano de negócios, proposta de valores, marketing e análise de mercado.
O projeto tem por objetivo quebrar a tensão do ambiente prisional e conceder a remição de pena para as presas. A psicóloga da Umanizzare na unidade, Jessika Freira Paula, explica que a arte é capaz de mudar as pessoas e por isso a empresa desenvolve projetos que permitem aos internos vislumbrar a transformação por meio do artesanato, música, pintura, teatro, de modo que possam ter um retorno saudável ao convívio social.
“Está é nossa segunda turma a receber qualificação profissional por meio do projeto Mãos Livre. Estamos com 15 internas matriculadas, e o curso além de permitir trabalhos de natureza terapêutica, com viés de inserção econômica, ajudar na recuperação da autoestima das internas”, ressaltou a psicóloga.
Para a gerente técnica da Umanizzare, Sheryde Karoline, apesar do CDPF ser uma unidade prisional destinada às presas provisórias, o curso profissionalizante tem se mostrado de extrema eficácia no processo de transformação e ressocialização. Ainda segundo ela, em geral o curso tem a carga horária compatível com a situação delas e são focados em habilidades que possam promover autonomia e geração de renda.
“Esta estratégia, sem dúvida, é uma chance a mais de evitar o retorno ao sistema penitenciário, pois mostra oportunidades dignas de alcançar sucesso e respeito, com produtos e serviços produzidos pelas próprias mãos dessas mulheres, como bem evidencia a experiência que temos com o Projeto Mãos Livres”, enfatiza a gerente.
O Projeto Mãos Livres – Desenvolvido pela Umanizzare Gestão Prisional, o projeto tem entre outros objetivos propiciar aos reeducandos um conjunto de trabalhos manuais de natureza terapêutica, com viés de inserção econômica. A seleção dos reeducandos é feita pelo serviço social, que identifica os que têm afinidade e interesse em participar dos projetos e cursos, inclusive com entrevistas. O produto final pode ser comercializado em lojas colaborativas. Assim, é assegurada a inclusão econômica desses internos.