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Cerca de 100 reeducandos dos pavilhões A, B, triagem e enfermaria da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), receberam uma palestra sobre o combate e prevenção da Hanseníase. A palestra aconteceu por meio de uma parceria entre a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e Umanizzare Gestão Prisional. 

De acordo com a assessora de projetos da Umanizzare, Maria Domingas Printes do Carmo, a Unidade Prisional proporcionou aos reeducandos, no dia 21 de janeiro, a palestra que foi realizada pelo médico da UPI, Saul Denis, e o técnico de enfermagem, Hamilton de Matos. 

“O objetivo da palestra foi de alertar os reeducandos sobre os sinais e sintomas da doença, difundir informações e desfazer o preconceito”, destacou Domingas Printes. 

Durante a palestra, o médico Saul Dennis Suero informou sobre os cuidados e medidas de tratamento da doença. “A Hanseníase é uma doença crônica, transmissível, causada por uma bactéria, o Mycobacterium leprae. Na maioria dos casos, a doença acomete, fundamentalmente, pele e nervos periféricos”, disse o médico.

Saul Dennis explicou que  o surgimento de incapacidades físicas é um dos aspectos importantes da doença e os principais sinais e sintomas são: manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas com alteração de sensibilidade (térmica, dolorosa ou tátil), áreas da pele sem pelos e ressecadas que não pegam pó e não coçam, áreas com formigamento ou dormência. 

O médico orientou sobre o tratamento de como e onde é realizado em Unidades de Saúde. “Ao iniciar o tratamento, o paciente deixa de transmitir a doença para outras pessoas. O diagnóstico precoce e o tratamento regular, constitui um dos pilares para o controle da doença, interrompendo assim a cadeia de transmissão”, ressaltou o médico. 

De acordo com o médico, a hanseníase é uma doença de diagnóstico e tratamento eficaz, que precisa ser compreendida socialmente, para evitar certos estigmas que dificultam a integração para o diagnóstico e prevenção de sequelas importantes. 

Para o reeducando José Alfaia de Sena, a palestra foi muito importante, pois, a partir do diálogo com os profissionais de saúde, ficou conhecendo tudo sobre a prevenção e o tratamento da hanseníase.

Dados 

O Brasil é o país em segundo lugar no mundo com maior número de casos novos da doença (28 mil em 2018 – SVS/Ministério da Saúde), atrás somente da Índia (120 mil em 2018 – WHO). De acordo com a pesquisa realizada em 2018, foram detectados 1705 casos (6%) em crianças e adolescentes. 

No mês de janeiro (Janeiro Roxo), o Ministério da Saúde, promove campanha e ações educativas para a população. Todo último domingo de janeiro é o Dia Mundial de Combate a Hanseníase e a Lei Federal 12.135 de 2009 instituiu o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase.