Últimas notícias
Author

Umanizzare Brasil

Browsing

A Umanizzare Gestão Prisional realiza junto as reeducadas do Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) uma série de atividades voltadas para os cuidados com a saúde, tendo como base a higiene pessoal.

Na palestra, as internas aprenderam um pouco mais sobre a importância da escovação regular dos dentes, banho, a adesão e manutenção das suas celas, roupas e pano de cama sempre limpos e organizados, proporcionando um clima salutar, promovendo desta forma, sua higiene corporal e mental, já que um ambiente limpo eleva a autoestima e combate agravos a saúde.

Segundo a coordenadora de projetos da Umanizzare, Domingas Printes, a higiene é um conjunto de conhecimentos e técnicas para evitar doenças infecciosas usando desinfecção, esterilização e outros métodos de limpeza com o objetivo de conservar e fortificar a saúde. 

“Essa ação fortalece junto as pessoas privadas de liberdade, que independentemente do que as levou a essa condição, elas mantêm o direito de gozar dos mais elevados padrões de assistência à saúde.  Afinal, apesar de presas, preservam os demais direitos humanos inerentes à sua cidadania”, disse a coordenadora 

Ainda segundo ela, os cuidados de higiene pessoal são essenciais, pois evitam que micróbios e outros seres vivos, como vermes penetrem no corpo e causem doenças. Assim como o corpo a higiene ambiental deve ser observada preservando as condições sanitárias do local de forma a impedir que a sujeira prejudique a saúde do ser humano.

As tendências mundiais mostram um aumento no uso abusivo de álcool e outras drogas, principalmente na população jovem, na faixa etária entre 12 a 25 anos

A nicotina, que é encontrada em todos os derivados do tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha, narguilé, entre outros) é a droga que causa dependência. Essa substância é psicoativa, isto é, produz a sensação de prazer, o que pode induzir ao abuso e à dependência.

Ao ser inalada produz alterações no Sistema Nervoso Central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool.

Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças crônicas não transmissíveis, que podem levar à invalidez e à morte.

O assunto acima fez parte da palestra apresentada nesta semana para os reeducandos do Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM), pertencente ao calendário de atividades desenvolvido pela Umanizzare Gestão Prisional, empresa que faz cogestão em cinco unidades prisionais da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), referentes ao uso abusivo de álcool e outras drogas, principalmente o cigarro, responsável pela morte de 7 milhões de pessoas por ano em todo o mundo.

 “Cada pessoa precisa restringir sua liberdade para seu benefício e dos outros, não praticando atividades danosas a saúde, como o uso abusivo de álcool e outras drogas. Reconhece-se que o álcool, o tabaco e todo tipo de substâncias psicoativas geram um impacto negativo para a saúde das pessoas, constituindo-se em um problema de Saúde Pública”, enfatizaram as psicólogas Regiane Barroso, Pâmela Amarante, Lilian Batista responsáveis pela palestra junto aos reeducandos.

Direitos e Deveres –  Faz-se oportuno observar que é de fundamental importância que os reeducandos tenham ciência dos direitos e deveres elencados na Lei de Execução Penal (Lei Nº 7.210, de 11 de julho de 1984), em seu art. 41, constitui os direitos dos apenados, assistência material à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa, bem como o exercício de atividades desportivas e acesso à educação no âmbito prisional.

“Percebemos que os internos acabam criando esse hábito do uso de tabaco no presídio, por questões de tensão, estresse, durante as palestras, além de alertar para os malefícios que o cigarro causa, lembramos os internos da importância de participar dos projetos desenvolvidos especialmente para eles, nas áreas de esporte, educação e que fazem toda a diferença para a saúde física e mental deles”, acrescenta Regiane Barroso.

A palestra sobre o uso abusivo de substâncias psicoativas dando ênfase ao tabagismo, ocorreu na Escola Giovanni Figliuolo com cerca de oito reeducandos que fazem parte do projeto remição pela leitura.

Nesta semana, 41 presos passaram por avaliação escrita e oral em preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

As provas fazem parte do Projeto Remição pela Leitura desenvolvido na unidades administradas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) em parceria com a Umanizzare Gestão Prisional – empresa que faz cogestão de cinco presídios no Amazonas. 

As provas aplicadas nos dias 23 e 24 de Julho, consistiram em elaboração de uma resenha crítica sobre a obra lida pelos internos, nos últimos 30 dias.  Participaram 24 internos da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) e outros 17 do Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM). 

O Projeto tem como proposta tornar mais brando o processo penal, assegurando o direito ao conhecimento, à educação e à cultura, proporcionados pela leitura e interpretação da obra. Além de buscar a potencialização dos valores humanos dos internos, a atividade é também uma forma de crescimento intelectual, gera a diminuição do sentimento de exclusão da sociedade e evita a ociosidade no ambiente penitenciário.

Além disso, o projeto visa diminuir a pena dos internos participantes através da leitura de obras, por isso as avaliações.

As resenhas realizadas pelos internos serão avaliadas pelos acadêmicos do curso de direito da Universidade do Estado do Amazonas, que irão atribuir a nota, juntamente com o Juiz Saulo Góes Pinto.

A professora da Secretaria Municipal de Educação (Semed), que faz parte do projeto nas unidades, ressalta que antes das avaliações os internos recebem orientações de como elaborar uma resenha crítica obedecendo os critérios do relatório de leitura (estética, limitação ao tema e fidedignidade da resenha) a serem avaliados pela comissão organizadora do projeto.

“Este projeto proporciona uma carga maior de conhecimento e os estimula a sair da unidade prisional com o desejo de buscar mais informação. A experiência de observação da evolução na leitura e escrita dos reeducandos é gratificante e contribui para o meu desenvolvimento como profissional na área da educação”, disse a professora. 

O Remição pela Leitura também proporciona aos reeducandos um espaço didaticamente adequado para o estudo e motiva a criação e manutenção de grupos preparatórios, com estagiários para tirar dúvidas e aumentar as chances de sucesso dos internos quando forem prestar o Enem. 

A assistente social do CDPF, Judilena Rocha, acrescentou que os livros escolhidos para a execução do projeto constituem-se em conteúdos voltados para as áreas de superação pessoal, laços familiares, romance, ficção e literatura brasileira.

“Durante a defesa da obra os reeducandos puderam expressar suas emoções, identificação com a história do livro e os personagens. Posso destacar que que todos os participantes tiveram um bom desempenho de interação social e intelectual no decorrer da atividade”, disse a assistente social. 

Após as provas os internos receberam as obras literárias da 14ª edição do Remição pela Leitura.

Encceja

Simultaneamente às aulas preparatórias para o Enem, outro grupo de reeducandos da UPI estuda para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade – o Encceja Nacional PPL.

“Os responsáveis pedagógicos também encaminham os candidatos ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e demais sistemas relacionados à educação superior. A depender da nota da prova, os internos podem solicitar certificação do Ensino Médio e também concorrer a vagas pelo Universidade Para Todos (Prouni)”, acrescentou a Ana Maria Lima, assistente social na UPI. 

Ao se tornarem Agentes Promotores de Saúde – os reeducandos passam trabalhar nos serviços de saúde implantados dentro das unidades prisionais com a concessão do benefício de remição de pena

Reeducandos da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), localizada a 269 km de Manaus, que já trabalham como Agentes Promotores de Saúde, dentro da unidade, estão recebendo novas qualificações profissionais para dar continuidade aos trabalhos de promoção à saúde junto aos demais colegas de confinamento. 

O curso é promovido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em parceria com a cogestora Umanizzare Gestão Prisional – que desta vez capacitou os agentes para o combate a Hepatites Virais.

Os agentes promotores foram orientados quanto os riscos, a vacinação e como evitar a hepatite A, B, C, D e E.

A enfermeira Graciane Fábio da Silva explicou que Hepatites são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando aparecem, podem causar  cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

“O tema é muito importante, em razão da gravidade da doença – com o internos orientandos eles ficam atentos dentro dos pavilhões a qualquer sintoma e além de orientar o colega de confinamento, eles também nos avisam sobre a situação e o atendimento é muito mais rápido”, explicou a enfermeira, enfatizando o quanto é admirável este programa de tornar detentos em promotores de saúde.

Odontologia –   Dos cinco internos que estão recebendo capacitação, Três atuam no setor de odontologia e além das hepatites receberam informações também sobre a bacteremia – uma doença bacteriana que atinge a corrente sanguínea, por procedimentos cirúrgicos não cuidado como devido ou até mesmo por uma escovação errada, muito forte machucando a gengiva e facilitando a entrada da bactéria.

Agentes Promotores de Saúde – O projeto segue as diretrizes do artigo 20 da Portaria Interministerial nº 01/2014, que diz que as pessoas privadas de liberdade poderão trabalhar nos serviços de saúde implantados dentro das unidades prisionais, nos programas de educação e promoção da saúde e nos programas de apoio aos serviços de saúde. É proposta a concessão do benefício de remição de pena ao apenado que terminar a qualificação e trabalhar nas unidades, a Juízo da Vara de Execução Penal.

“O papel dos APS´s é exclusivamente de apoio à equipe de saúde, tendo em vista que são exatamente estas pessoas que vivenciam as dificuldades e necessidades dos colegas de confinamento. Além disso, os cursos capacitam o reeducando para que, após o cumprimento de sua pena, ele possa ter maiores chances de desenvolver-se no mercado de trabalho, e, consequentemente, diminuir a reincidência ao crime”, finaliza a enfermeira.

Mudanças começam a valer a partir deste fim de semana

Quatro unidades prisionais voltam a receber visitas neste fim de semana. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) publicou, nesta quinta-feira (25/07), a portaria interna nº 072/2019, que institui os procedimentos de segurança e rotinas carcerárias com as novas regras para visitantes.

As mudanças começam a valer neste fim de semana. A partir de agora, as visitas comuns serão limitadas ao número de 250 visitantes por dia, em cada unidade prisional. Os detentos terão direito a receber dois parentes adultos ou um amigo, por dia de visita, a fim de propiciar as condições adequadas de revista, bem como para preservar a segurança e a disciplina dentro do presídio.

Neste fim de semana, excepcionalmente, a entrada de crianças até 12 anos não será permitida. O acesso será liberado para elas entre os dias 2 e 4 de agosto. Outra mudança, prevista em portaria, está a proibição em relação à entrada de alimentos nos dias de visita. A exceção fica por conta de visitantes com crianças, que poderão levar alimentos apenas para o consumo do menor.

Suspensão – A Seap suspendeu as visitas no final do mês de maio, após uma briga entre integrantes de um grupo criminoso provocar a morte de 55 presos. As unidades afetadas pela medida foram: Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Centro de Detenção Provisório de Manaus 1 (CDPM 1) e Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).

A suspensão das visitas foi necessária para a revisão dos procedimentos de segurança, a reestruturação da portaria que regulamenta a entrega de materiais de higiene e a implementação dos módulos para agendamento de visitas nas unidades penitenciárias. “Remodelamos a segurança interna para garantir a segurança e a integridade física dos familiares, funcionários e internos do sistema prisional”, afirmou o secretário da Seap, tenente-coronel Vinícius Almeida, ressaltando o apoio da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) nas medidas para manter a estabilidade de todo o sistema.

Agendamento – Nos próximos dias, a Seap vai anunciar a implantação do sistema online de visitas. Com o uso da tecnologia, os familiares de detentos poderão marcar dia e hora das visitas e entrega de materiais de higiene.

Liberado – As visitas e entrega de materiais de higiene continuam normais no Centro de Detenção Provisório Masculino 2 (CDMP 2) e nas unidades femininas (fechado e provisório).

DIAS DE VISITAS

CDPM 1
Sexta: Pavilhão 01
Sábado: Pavilhões 03 e 06;
Domingo: Pavilhões 02, 05, anexo e Enfermaria

UPP
Sábado: Galerias: 01,02,05,06,07 e 11;
Domingo: Galerias: 03,04,08,09 e 10.

COMPAJ
Sábado: Pavilhão 01, 02 e Ala 02 do Pavilhão 03;
Domingo: Ala 01 do Pavilhão 03 e Pavilhão 05.

IPAT
Sábado: Pavilhão A e internos do projeto de remição de pena
Domingo: Pavilhão C

FONTE: http://www.seap.am.gov.br/?p=12223

Alunos da 20ª Turma do Curso de Formação de Agentes de Socialização (CFA), composta por 46 pessoas, aprenderam tudo sobre a rotina do sistema prisional do Amazonas. O curso que é promovido por meio da empresa Umanizzare Gestão Prisional em parceria com a Secretária de Administração Penitenciária (SEAP), ofereceu aulas teóricas e práticas. 

De acordo com a gerente de RH da Umanizzare, Erika Borges, o curso apresentou para os alunos diversos conhecimentos sobre o sistema, tais como, gerenciamento de crise, gestão do sistema prisional, procedimentos operacionais, relacionamento interpessoal, ética, noções de psicopatologia e primeiros socorros, dentre outras disciplinas essenciais para o sistema. 

“Essa formação acontece antes mesmo do candidato ser agente, enquanto a pessoa que tem interesse de fazer parte do sistema prisional ainda é candidato”, explicou. 

Erika Borges disse que a qualificação para ser agente depende da aprovação nessa formação. A gerente de RH explicou que é uma formação de 144 horas, teórica e prática.

A gerente de RH da Umanizzare disse, ainda, que a parte prática tem o  combate ao incêndio, defesa pessoal e a essência para gestão operacional: normas e procedimentos, onde a turma passa três dias na unidade em aula supervisionada,  conhecendo e colocando em prática tudo aquilo que os alunos aprenderam na sala de aula. 

“Em loco, eles colocam em prática tudo que aprenderam em sala de aula, no que diz respeito aos procedimentos operacionais da unidade, desde a portaria, guarda volume, revistas, recepção, RaioX, Body scan e demais processos da carceragem”, disse Erika Borges. 

A gerente explicou que os alunos têm, ainda, uma aula prática de defesa pessoal, até por uma questão de auto segurança e desenvoltura dos alunos. O curso acontece durante um dia inteiro, onde os alunos recebem os treinamentos de defesa pessoal.  

De acordo com a gerente de RH, os alunos aprendem sobre a movimentação dos internos nas unidades e nas áreas incomuns. 

A formação é submetida por avaliação, em cada uma das disciplinas, então, o candidato passa por um processo avaliativo”, ressaltou a gerente de RH. 

Segundo a gerente de RH, essa avaliação também é uma avaliação comportamental, que além da prova que esses alunos fazem, tem uma avaliação da equipe, no que diz respeito às atitudes do aluno dentro da sala de aula. 

“Ao final do curso, com a aprovação, o aluno recebe um certificado para ser agente de socialização e então, com o surgimento de novas vagas no sistema, esse agente é contratado para a posição”, ressaltou Erika Borges. 

A gerente de RH explicou que o curso de 144 horas, até por conta de todas as disciplinas que são aplicadas, dura  praticamente um mês.

Unidade também está oferecendo curso preparatório para os reeducandos que irão fazer o Encceja Nacional PPL

Os reeducandos da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), localizada a 177 quilômetros de Manaus, estão recebendo aulas preparatórias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os estudos fazem parte do “Projeto Bambu”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e Umanizzare Gestão Prisional, empresa que faz cogestão em cinco presídios do estado.

O “Projeto Bambu” visa oferecer aos reeducados um espaço didaticamente adequado e motivador para criação e manutenção de grupos de estudo preparatórios, dispondo de estagiários para dirimir dúvidas, potencializando a chance de sucesso nos exames.

As aulas ocorrem de segunda a sexta- feira, buscando sempre estimular o estudo e mudança de comportamento. Dois professores se revezam na orientação dos internos. A turma da manhã está sob responsabilidade da professora Gracimar e a turma do período da tarde, tira as dúvidas com o reeducando Rondinele Abreu Cavalcante, que é professor e exercia a atividade quando em liberdade.  

“O projeto me proporcionou resgatar a atividade que realizava fora da unidade como professor. Me sinto útil ao compartilhar o que sei com meus colegas de confinamento”, disse Cavalcante.  

Encceja 

Em paralelo às aulas preparatórias para o Enem, outro grupo de  reeducandos da UPI estuda para fazer, no final deste ano, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade – Encceja Nacional PPL.

“Os responsáveis pedagógicos também encaminham os candidatos ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e demais sistemas relacionados à educação superior. A depender da nota da prova, os internos podem solicitar certificação do Ensino Médio e também concorrer a vagas pelo Universidade Para Todos (Prouni)”, acrescentou a gerente técnica da Umanizzare, Sheryde Karoline.

Remição de pena

Os privados de liberdade que participam dos programas terão a pena reduzida. A legislação de execução penal define que, para cada 12 horas de estudos regulares, há remição de um dia.

Ao todo 1.333 reeducandos receberam atendimentos individuais, com entrega de medicamentos e orientações

Os reeducandos da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), localizada na zona Leste de Manaus, receberam nesta semana um mutirão de saúde no combate à verminose e micose.

 Além de orientar os internos sobre a importância do diagnóstico e tratamento destes tipos de infecções, os profissionais de saúde da Umanizzare, empresa que faz cogestão de cinco presídios no Amazonas junto a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), também medicaram os internos com remédios contra vermes e fungos.

Segundo os médicos da unidade, Sebastian Rojas Lopez e Elivaldo de Melo Nascimento, a ação terá uma segunda fase, em aproximadamente seis meses, para uma última aplicação da segunda dosagem dos medicamentos, ou não, dependendo da avaliação médica e/ou realização de testes laboratoriais que todo fim mês ocorre na unidade.

  “Nesta primeira etapa usamos o anbendazol para tratar e até proteger o interno de vermes e parasitas como Ascaris lumbricoides, popularmente conhecido como lombriga e o fluconazol que tem como ação impedir o crescimento de fungos, como amebíase, giardíase e/ou tricomoníase, além de e micose”, explica o médico Rojas Lopez.

Outro medicamento usado na campanha foi o nitrato de miconazol,  loção cremosa, a qual que tem ação antibiótica, indicado no tratamento das micoses e candidíase cutânea generalizada, candidíase intertriginosa (frieira), micoses superficiais saprofitárias (Pitiríase versicolor e eritrasma).

O objetivo da atividade foi realizar atendimento medicamentoso de maneira assistida aos reeducandos. A ação contou com apoio da direção da unidade, equipe operacional, administrativa e técnica.  O atendimento aconteceu dentro dos pavilhões da unidade. Antes de iniciar o procedimento, os enfermeiros falaram sobre a importância da higiene pessoal e do ambiente. “Ações simples como a troca frequente das roupas, lençóis e fronhas nas celas, fazem toda a diferença para evitar a reinfecção”, disse o doutor Elivaldo

Ao se tornarem Agentes Promotores de Saúde – os reeducandos passam a trabalhar nos serviços de saúde implantados dentro das unidades prisionais, com a concessão do benefício de remição de pena

Reeducandos da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), localizada a 269 km de Manaus, que já trabalham como Agentes Promotores de Saúde, dentro da unidade, estão recebendo novas qualificações profissionais para dar continuidade aos trabalhos de promoção à saúde junto aos demais colegas de confinamento. 

O curso é promovido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em parceria com a cogestora Umanizzare Gestão Prisional – que desta vez capacitou os agentes para o combate a Hepatites Virais.

Os agentes promotores foram orientados quanto aos riscos, a vacinação e como evitar a hepatite A, B, C, D e E.

A enfermeira Graciane Fábio da Silva explicou que Hepatites são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

“O tema é muito importante, em razão da gravidade da doença – com os internos orientados, eles ficam atentos dentro dos pavilhões a qualquer sintoma e além de orientar o colega de confinamento, eles também nos avisam sobre a situação e o atendimento é muito mais rápido”, explicou a enfermeira, enfatizando o quanto é admirável este programa de tornar detentos em promotores de saúde.

Odontologia –   Dos cinco internos que estão recebendo capacitação, três atuam no setor de odontologia e além das hepatites receberam informações também sobre a bacteremia – uma doença bacteriana que atinge a corrente sanguínea, por procedimentos cirúrgicos não cuidado como devido ou até mesmo por uma escovação errada, muito forte machucando a gengiva e facilitando a entrada da bactéria.

Agentes Promotores de Saúde – O projeto segue as diretrizes do artigo 20 da Portaria Interministerial nº 01/2014, que diz que as pessoas privadas de liberdade poderão trabalhar nos serviços de saúde implantados dentro das unidades prisionais, nos programas de educação e promoção da saúde e nos programas de apoio aos serviços de saúde. É proposta a concessão do benefício de remição de pena ao apenado que terminar a qualificação e trabalhar nas unidades, a Juízo da Vara de Execução Penal.

“O papel dos APS´s é exclusivamente de apoio à equipe de saúde, tendo em vista que são exatamente estas pessoas que vivenciam as dificuldades e necessidades dos colegas de confinamento. Além disso, os cursos capacitam o reeducando para que, após o cumprimento de sua pena, ele possa ter maiores chances de desenvolver-se no mercado de trabalho, e, consequentemente, diminuir a reincidência ao crime”, finaliza a enfermeira.

Mais de 26 reeducandos da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) passaram por avaliação escrita do projeto Remição pela leitura, entre os dias 26 e 27 de junho.  A prova consistia em elaborar uma resenha crítica sobre a obra lida pelos internos.

As resenhas realizadas pelos internos serão avaliadas pelos acadêmicos do curso de direito da Universidade do Estado do Amazonas, que irão atribuir a nota, juntamente com o Juiz Saulo Góes Pinto.

O Projeto tem como proposta tornar mais brando o processo penal, assegurando o direito ao conhecimento, à educação e à cultura, proporcionados pela leitura e interpretação da obra. Além de buscar a potencialização dos valores humanos dos internos, a atividade é também uma forma de crescimento intelectual, gera a diminuição do sentimento de exclusão da sociedade e evita a ociosidade no ambiente penitenciário.

Além disso, o projeto visa diminuir a pena dos internos participantes através da leitura de obras, por isso as avaliações.

Segundo a psicóloga, Patrícia Mendes, os resultados a cada avaliação revelam melhora na interpretação dos textos e no comportamento de internos.  “A Remição pela leitura é de suma importância na vida e na reintegração com a sociedade, pois a leitura e os livros trazem a grande vontade de cada um em poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”, fala.

A assistente social, Ana Maria Bezerra acrescentou que o Projeto tem grande valor pois incentiva os reeducandos a ler, aprender, levando –os a pensar em novos horizontes.