A capacitação é oferecida pelo Projeto Mãos Livres e visa despertar o lado empreendedor das internas
Quinze internas do Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), localizado no Km 08 da BR-174 (Manaus-Boa Vista), começaram nesta semana a participar do curso profissionalizante de crochê. Esta é a segunda turma a receber o curso na unidade este ano, que é promovido pela Umanizzare Gestão Prisional, empresa que faz a cogestão de seis presídios da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) – por meio do Projeto Mãos Livres, cuja finalidade é proporcionar as reeducandas um conjunto de trabalhos manuais de natureza terapêutica, com viés empreendedor.
Além de terem acesso a noções de técnicas modernas de arte, com foco em sustentabilidade e design, as reeducandas se familiarizaram com planos de negócios, proposta de valores, marketing e análise de mercado.
“Dessa forma, além de terem acesso a um trabalho que auxilia na quebra da tensão do ambiente prisional, elas ganham remição de pena. A seleção das reeducandas é feita pelo serviço social, que identifica os que têm afinidade e interesse em participar dos projetos e cursos, inclusive com entrevistas”, acrescenta a gerente técnica da Umanizzare, Sheryde Karoline.
O curso de crochê teve a duração de 30 dias com carga horária de 60 horas. As internas voluntárias que participam da oficina também ganham remição de pena pelo estudo, previsto na Lei de Execução Penal (LEP), que prevê a redução de um dia da pena a cada 12 horas de estudo.
Novas empreendedoras – Na última semana, 14 reeducandas do Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) concluíram curso de crochê. Elas foram as primeiras internas a receberem a capacitação dentro da unidade.
Para a cerimônia de entrega dos certificados, as reeducandas fizeram uma exposição para apresentar os trabalhos confeccionados pelo grupo. Roupas, panos de prato e toalhas foram os itens escolhidos para o uso do crochê.