Para alertar as reeducandas do Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) sobre os perigos do uso incorreto de medicamentos, a Umanizzare Gestão Prisional, empresa que faz cogestão em cinco penitenciárias da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), realizou no começo desta semana uma palestra sobre o tema automedicação.
Durante a atividade que contou com a participação de 10 internas, o enfermeiro da unidade, Anderson Viana Pompeu de Campos, ressaltou que cabe ao médico diagnosticar doenças, identificar sintomas e, a partir disso, indicar qual o melhor medicamento e a dosagem correta para que você fique bem. Automedicar-se traz riscos à saúde, pois a ingestão de substâncias de forma inadequada pode causar reações como dependência, intoxicação e até a morte. A receita médica é a garantia de que houve uma avaliação profissional para que determinado paciente utilize o medicamento
“A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas pode trazer consequências mais graves do que se imagina. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada, pois o uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos”, disse o profissional.
Outra preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro, acrescentou o enfermeiro junto às detentas.
Analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos são os tipos de medicamentos mais associados a casos de automedicação.
“A vida dentro do cárcere pode contribuir para que os apenados peçam junto aos familiares alguns medicamentos, é importante dizer que temos farmácia e profissionais dentro de todas as unidades da Umanizzare à disposição para tirar dúvidas e fazer o encaminhamento correto do que usar, após consulta com médico”, finalizou o professor de educação física, Cleverson Guimarães, que também participou da orientação.