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População carcerária tem ação preventiva contra a tuberculose

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Como acontece periodicamente, a Umanizzare Gestão Prisional, empresa que faz cogestão em seis presídios do Estado, realiza ações preventivas no combate à tuberculose nas unidades prisionais. Nesta segunda-feira, (25), reeducandos do Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT) e do Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM,) receberam informações sobre a doença: sintomas e cuidados que podem evitar o contágio, bem como a necessidade de seguir o tratamento até o fim quando for diagnosticado com a patologia.

Em Itacoatiara – município localizado a 269 km de Manaus – os detentos já participaram de palestras e atividades preventivas, que são reforçadas no mês de março com campanhas. Com o tema: “Todos juntos no combate à Tuberculose”, 53 internos do Pavilhão A, Triagem e Enfermaria, participaram de palestra e uma dinâmica de grupo.

“Após a palestra, dividimos os reeducandos em grupos e cada um teve de montar um quebra-cabeça sobre a prevenção de tuberculose. Aquele que terminou primeiro, ganhou como brinde um jogo de Damas. Nossa intenção real foi mostrar que todos juntos e unidos no combate a tuberculose podemos futuramente erradicar essa doença”, explicou a enfermeira  da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), Graciane Fábio.

Ainda segundo a profissional, que teve o apoio do técnico de enfermagem Francisco Jadson, no encerramento da atividade foi realizado uma triagem nos pacientes que se encontravam com sintomas.  Os detentos com algum sintoma respiratório, fizeram o exame de “Barr” (baciloscopia). Reeducandos portadores de HIV também puderam fazer o exame, como medida cautelar e preventiva.

“Foi um dia importante para eles. Foi garantido o acesso a um diagnóstico rápido e ao tratamento supervisionado humanizado. Essas ações tornam o problema menos grave entre os locais de cárcere privado.  Eles entendem que há uma equipe médica pronta para consultá-los, medicamentos e o mais importante, que estamos focados em manter a saúde de nossos custodiados”, acrescentou a enfermeira.

O interno Diego Lopes Castro, disse que gostou de participar da atividade porque  – “conhecendo os sintomas, temos mais chances de desconfiar da doença e também de receber a cura, achei que meus colegas também estavam bastante participativos com o quebra-cabeça e na palestra, e isso é bom para que todos possam ficar atentos e cuidar de sua saúde”, falou Diego.

Semana Nacional de Mobilização e Luta Contra a Tuberculose – 24 a 31 de Março –   A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). O seu bacilo foi descoberto no dia 24 de março de 1882 pelo médico Robert – daí a campanha acontecer neste mês do ano.

O Brasil ocupa o 18º lugar entre os 22 países responsáveis por 82% do total de casos de tuberculose no mundo. Embora seja uma doença passível de ser prevenida, tratada e curada, ainda mata cerca de 4,4 mil pessoas todos os anos no Brasil. Os casos de tuberculose (TB) na população carcerária representam cerca de 10% dos registros da doença no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.

Sinais e sintomas mais frequentes:

– Tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue;

– Cansaço excessivo e prostração;

– Febre baixa geralmente no período da tarde;

– Suor noturno;

– Falta de apetite;

– Emagrecimento acentuado;

– Rouquidão.

Prevenção e tratamento:

A vacina BCG é obrigatória para menores de um ano e protege as crianças contra as formas mais graves da doença. A melhor forma de prevenir a transmissão da doença é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível.  

O tratamento, à base de antibióticos, é 100% eficaz e deve ser feito por um período mínimo de 6 meses, diariamente e sem nenhuma interrupção, terminando apenas quando o médico confirmar a cura total do paciente. Para evitar o abandono do tratamento é importante que o paciente seja acompanhado por equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores domiciliares devidamente preparados.

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