Aproximadamente 100 reeducandos do sistema penal amazonense passarão pela avaliação do projeto “Remição pela Leitura”. As provas escritas serão aplicadas por equipes técnicas multidisciplinares da Umanizzare Gestão Prisional Privada, idealizadora do projeto, e empresa responsável pela cogestão de seis unidades da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
As avaliações são realizadas com base nos livros distribuídos pela Umanizzare e lidos pelos reeducandos. Participarão dos testes presos da Unidade Prisional Puraquequara (UPP), Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), Instituto Penal Antônio Trindade – (IPAT), Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM) e o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (COMPAJ / Fechado). Os resultados das provas devem ser divulgados até a primeira quinzena do mês de dezembro.
De acordo com a gerente técnica da Umanizzare, Sheryde Karoline, o projeto “Remição pela Leitura” tem como finalidade a ressocialização pela educação. “A maioria dos apenados possui baixo grau de escolarização e pertence às camadas menos favorecidas da sociedade, quando inserimos a atividade, percebemos que a autoestima, o desenvolvimento do respeito próprio e também às demais pessoas, se elevam”, diz Sheryde, enfatizando que a prioridade é demonstrar a importância que a leitura pode desempenhar na vida de um apenado.
Para o reeducando, Alessandro Pessoa de Souza, que cumpre pena na Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), o projeto estimula e dá confiança de dias melhores.
“Passei a ter outro comportamento, pois abriu meu entendimento para o saber. Através das histórias que leio, aprendo e aplico este conhecimento obtido dos livros no meu dia-a-dia”, diz Alessandro.
Sobre a Remição Pela Leitura – Recomendado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e previsto na Lei de Execução Penal (LEP), o Programa de Remição pela Leitura visa reduzir a pena dos internos utilizando obras literárias, viabilizando a remição de quatro dias da pena, a cada livro e resenha/relatório de leitura de obras devidamente lidas e avaliadas, prática que tem-se mostrado uma extraordinária ferramenta também para a melhoria do convívio interno nos presídios.