Umanizzare realiza vários cursos e oficinas como terapia ocupacional, com foco na sustentabilidade.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Umanizzare Gestão Prisional estão realizando curso profissionalizante de Artesanato em Biscuit para as internas do Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF). Além das técnicas de confecção, o trabalho faz parte do projeto “Mãos Livres”, que ensina as reeducandas sobre empreendedorismo, plano de negócios, proposta de valores, marketing e análise de mercado.
O projeto tem por objetivo quebrar a tensão do ambiente prisional e conceder a remição de pena para as presas. A psicóloga da Umanizzare na unidade, Jessika Freira Paula, explica que a arte é capaz de mudar as pessoas e por isso a empresa desenvolve projetos que permitem aos internos vislumbrar a transformação por meio do artesanato, música, pintura, teatro, de modo que possam ter um retorno saudável ao convívio social.
“Está é nossa segunda turma a receber qualificação profissional por meio do projeto Mãos Livre. Estamos com 15 internas matriculadas, e o curso além de permitir trabalhos de natureza terapêutica, com viés de inserção econômica, ajudar na recuperação da autoestima das internas”, ressaltou a psicóloga.
Para a gerente técnica da Umanizzare, Sheryde Karoline, apesar do CDPF ser uma unidade prisional destinada às presas provisórias, o curso profissionalizante tem se mostrado de extrema eficácia no processo de transformação e ressocialização. Ainda segundo ela, em geral o curso tem a carga horária compatível com a situação delas e são focados em habilidades que possam promover autonomia e geração de renda.
“Esta estratégia, sem dúvida, é uma chance a mais de evitar o retorno ao sistema penitenciário, pois mostra oportunidades dignas de alcançar sucesso e respeito, com produtos e serviços produzidos pelas próprias mãos dessas mulheres, como bem evidencia a experiência que temos com o Projeto Mãos Livres”, enfatiza a gerente.
O Projeto Mãos Livres – Desenvolvido pela Umanizzare Gestão Prisional, o projeto tem entre outros objetivos propiciar aos reeducandos um conjunto de trabalhos manuais de natureza terapêutica, com viés de inserção econômica. A seleção dos reeducandos é feita pelo serviço social, que identifica os que têm afinidade e interesse em participar dos projetos e cursos, inclusive com entrevistas. O produto final pode ser comercializado em lojas colaborativas. Assim, é assegurada a inclusão econômica desses internos.