Internos do regime fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) participam durante toda esta semana de palestras sobre os riscos de se medicar por conta própria
Palestras promovidas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em parceria com a cogestora das unidades prisionais, Umanizzare Gestão Prisional, vem sendo ministradas, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj/fechado), alertando a população carcerária para os riscos da automedicação e as consequências do uso indevido de medicamentos sem prescrição médica.
Segundo a enfermeira, Lucivânea Carvalho Lima, aproximadamente 100 reeducandos participam das palestras, divididos em grupos de 30, onde é enfatizada a importância do tratamento e do prosseguimento correto das orientações médicas, ingerindo a dose certa e nos horários estipulados.
“A abordagem do tema é interessante por proporcionar aos detentos uma consciência sobre os riscos e consequências que ocorrem durante o uso indevido de remédios. Uma medicação quando tomada de forma indiscriminada aumenta a resistência dos microrganismos, levando a não eficácia das drogas no tratamento”, orienta a enfermeira.
Informação para todos – Os agentes prisionais, funcionários e parentes dos presos também participam das palestras. De acordo com coordenador regional da Umanizzare, Valter Sales, a automedicação pode provocar intoxicações e dependência química. Segundo ele, a rotina nas unidades é intensa e os colaboradores precisam receber assistência para estarem saudáveis no exercício da profissão.
“Na prática para cuidar dos reeducandos é preciso que família e os colaboradores, também estejam saudáveis e conscientes de alguns fatores de risco, como a automedicação. Essa mesma ação de informar, conscientizar, será repassada aos presos, nos pavilhões”, finalizou Sales.