Além de atender o público feminino, elevando a autoestima, o “Lisbela” e gera oportunidades para que as internas deixem a prisão com uma formação profissional e expectativa de trabalho.
Nos próximos dias, as internas do Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF) e da Penitenciária Feminina de Manaus (PFM), terão aulas de estética e imagem pessoal por meio do “Projeto Lisbela”, promovido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a co-gestora das Unidades Prisionais, a Umanizzare Gestão Prisional.
O projeto é realizado em um salão de beleza, com lavatórios, cadeira, espelhos, poltronas de cabeleireira, cadeiras para manicure, secador, chapinha, máquina de cortar cabelo, enfim, com todos os equipamentos necessários para que as alunas do curso vivenciem as aulas práticas dentro de um ambiente de trabalho. O objetivo é a ressocialização das reeducandas, por meio do empreendedorismo.
De acordo com a gerente técnica da Umanizzare, Sheryde Karoline, o projeto foi criado em 2014 para promover a qualificação profissional e também ajudar na socialização entre as internas dentro da unidade, pois proporciona um ambiente descontraído e harmonioso, onde elas podem aprender e ao mesmo tempo cuidar da aparência, elevando a autoestima.
“A turma, com 15 internas de cada unidade, aprende na prática sobre corte de cabelos, escovas e visual feminino e masculino, manicure e pedicure, além de atender a comunidade carcerária feminina em suas necessidades e vaidades, valorizando as internas que passam a ter expectativas de trabalho”, afirmou Sheryde Karoline.
Remição de pena – Com o Projeto Lisbela, a Umanizzare tem alcançado objetivos como a redução da pena por meio de cursos. As reeducandas trabalham como agentes multiplicadoras repassando o aprendizado para outras internas. “Além disso, muitas usam o espaço criado para elas e cobram pela mão de obra, faturando um dinheiro que é repassado para a família” informa Karoline.