Objetivo do programa é dar conhecimento técnico, para que os detentos do sistema penal possam produzir e comercializar artigos e obter uma renda para si e familiares.
Internos do Regime Fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj Fechado) vão participar de uma oficina de confecção de luminárias, a partir de tubos de PVC. O curso dá início ao cronograma de atividades do projeto “Mãos Livres”, que faz parte da política de qualificação profissional da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), realizado em parceria com a Umanizzare Gestão Prisional, nas prisões do Estado.
O curso terá a participação de 15 internos selecionados e começa nesta quinta-feira (15), com a duração de três semanas. A oficina será ministrada pelo reeducando, já qualificado na produção de luminárias, José Tomaz Pereira de Souza.
De acordo com o gerente técnico do Compaj, Antônio Ribeiro, durante o curso serão ensinadas técnicas que envolvam criatividade, coordenação motora, uso de matérias primas e decoração.
“Esse projeto capacita, ensina uma habilidade, tira o tempo ocioso e proporciona uma forma de obter dinheiro de forma regular, uma vez que os parentes participam de feiras de artesanato pela cidade, e conseguem uma renda extra com a venda do que foi produzido aqui dentro”, explica o gerente.
Ainda segundo ele, parte do dinheiro arrecadado com as vendas das luminárias é destinado a compra de mais matéria prima para a confecção das peças e a outra parte fica para o reeducando e familiares.
Remição de pena – Os internos voluntários que participam da oficina também ganham remição de pena pelo trabalho, podendo reduzir o tempo de permanência na prisão. Nas três semanas, espera-se uma redução de quatro dias remidos para cada apenado.
“O Projeto Mãos Livres está focado na ressocialização por meio do aprendizado de uma profissão, além disso, as oficinas no geral têm cumprido vários papéis nas unidades, o comportamento dos internos, por exemplo, melhora muito”, finaliza Antônio Ribeiro.