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Ao se tornarem Agentes Promotores de Saúde – os reeducandos passam a trabalhar nos serviços de saúde implantados dentro das unidades prisionais, com a concessão do benefício de remição de pena

Reeducandos da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), localizada a 269 km de Manaus, que já trabalham como Agentes Promotores de Saúde, dentro da unidade, estão recebendo novas qualificações profissionais para dar continuidade aos trabalhos de promoção à saúde junto aos demais colegas de confinamento. 

O curso é promovido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em parceria com a cogestora Umanizzare Gestão Prisional – que desta vez capacitou os agentes para o combate a Hepatites Virais.

Os agentes promotores foram orientados quanto aos riscos, a vacinação e como evitar a hepatite A, B, C, D e E.

A enfermeira Graciane Fábio da Silva explicou que Hepatites são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

“O tema é muito importante, em razão da gravidade da doença – com os internos orientados, eles ficam atentos dentro dos pavilhões a qualquer sintoma e além de orientar o colega de confinamento, eles também nos avisam sobre a situação e o atendimento é muito mais rápido”, explicou a enfermeira, enfatizando o quanto é admirável este programa de tornar detentos em promotores de saúde.

Odontologia –   Dos cinco internos que estão recebendo capacitação, três atuam no setor de odontologia e além das hepatites receberam informações também sobre a bacteremia – uma doença bacteriana que atinge a corrente sanguínea, por procedimentos cirúrgicos não cuidado como devido ou até mesmo por uma escovação errada, muito forte machucando a gengiva e facilitando a entrada da bactéria.

Agentes Promotores de Saúde – O projeto segue as diretrizes do artigo 20 da Portaria Interministerial nº 01/2014, que diz que as pessoas privadas de liberdade poderão trabalhar nos serviços de saúde implantados dentro das unidades prisionais, nos programas de educação e promoção da saúde e nos programas de apoio aos serviços de saúde. É proposta a concessão do benefício de remição de pena ao apenado que terminar a qualificação e trabalhar nas unidades, a Juízo da Vara de Execução Penal.

“O papel dos APS´s é exclusivamente de apoio à equipe de saúde, tendo em vista que são exatamente estas pessoas que vivenciam as dificuldades e necessidades dos colegas de confinamento. Além disso, os cursos capacitam o reeducando para que, após o cumprimento de sua pena, ele possa ter maiores chances de desenvolver-se no mercado de trabalho, e, consequentemente, diminuir a reincidência ao crime”, finaliza a enfermeira.