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Considerado a sétima arte do mundo, o cinema no âmbito educativo, dentro das unidades prisionais do Amazonas, proporciona um ambiente ideal para ajudar pessoas privadas da liberdade a tomarem decisões conscientes e responsáveis dentro da sociedade. O projeto é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a co-gestora das unidades prisionais no Amazonas, Umanizzare Gestão Prisional Privada.

Dentre as diversas ações criadas para manter o reeducando com saúde física e mental e como orientação para o retorno à sociedade, foi levar a arte e a informação para dentro dos presídios por meio do programa Cine Cultura.  A finalidade é quebrar a monotonia do dia-a-dia e proporcionar uma reflexão entre os reeducandos após cada exibição de filme.

“Com a educação cultural, diminuímos significativamente ocorrências truculentas dentro dos presídios, promovendo atividades de interação e reflexão que oferecem melhores perspectivas acerca do futuro”, acrescentou o coordenador técnico regional da Umanizzare, Valter Sales.

Valter Sales explica que as sessões nas unidades são realizadas às sextas-feiras, o que não significa que não pode haver sessões extras. Segundo ele, há o reforço do projeto videoteca.

De acordo com Valter, quando se proporciona uma leitura, ou, neste caso, sessões de cinema, pode se perceber que os reeducandos refletem sobre o tema. “Há uma identificação, e o mais importante, o desejo de outra vida após o cumprimento da pena” ressaltou o psicólogo da Seap  e  coordenador de saúde do sistema prisional do Amazonas; williams Damaceno.

“Intocáveis”

Desta vez o filme escolhido pelos profissionais da Umanizzare foi o a história dos “Intocáveis”. A história  é baseada em um  ex-presidiário negro e um milionário de cor branca com deficiência física que se encontra preso em uma cadeira de rodas. Um contraste gritante, e não menos emocionante. Um laço de amizade e respeito fala mais alto e nesta luta pela sobrevivência um aprende com o outro.

“A escolha das exibições é realizada cuidadosamente, pois os filmes devem trazer conteúdos edificantes, ou, com alguma moral que contribua com a ressocialização e convivência em harmonia”, finalizou a assistente social da Umanizzare, Carla Rute Maia.

Com objetivo de pregar o autocontrole e respeito entre os reeducandos dentro das unidades prisionais do Amazonas, o esporte, por meio do torneio de futsal promove um espetáculo de jogo de bola e solidariedade entre os participantes. O evento esportivo movimentou mais de 120 detentos em 16 times e é promovido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) em parceria com a cogestora das unidades prisionais, a Umanizzare Gestão Prisional.

Entre os profissionais de educação que trabalham com a elaboração do torneio no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), estão os educadores físicos Daniel Alencar, Marcelo Lima e Lemichel Hayden. De acordo com Lemichel Hayden, o torneio não deixa de ser como qualquer outro evento esportivo. Segundo ele, a prática esportiva é dividida por chaves.

“O tornei é classificatório, quem perde sai, quem ganha fica. A maioria dos jogos são apitados pelos professores de educação física, ou, até mesmo, pelos reeducandos que tem um autocontrole e conheçam um pouco sobre o futsal”, disse o educador físico.

Segundo Hayden, os próprios detentos criaram uma regra, que define a proibição de brigas durante o torneio ou em qualquer atividade física. “Eles tem esse respeito entre eles e com os profissionais que estão fazendo as atividades”, conta.

Hayden explica que, na final, o time vencedor recebe troféu e medalhas. Conforme o profissional de educação, o esporte serve ainda, para tirar as pessoas privadas de liberdade da ociosidade. “Qualquer atividade que fazemos com os reeducantos é bem aceita, o esporte melhora a circulação do sangue, ajuda na queima de calorias e na liberação de suor, além de sair do comodismo”, afirma.

Outro fator bastante relevante, segundo o educador, é a questão da competição, da busca pela vitória. “Eles querem mostrar que são bons em alguma coisa, a competição é sempre dentro do respeito, de um time que quer superar o outro”, disse.

Hayden indagou que o torneio de futsal acontece uma vez por mês, ele explica que os profissionais de educação física vão alternando, entre torneios de futsal, dominó, xadrez e dama.

O Projeto “Pequeninos”, desenvolvido através de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e Umanizzare Gestão Prisional, promove uma oficina de confecção de brinquedos com materiais recicláveis dentro da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), o município a 176 quilômetros de distância de Manaus, vive um dia de festa e comemoração com os brinquedos que são construídos junto com as crianças que visitam seus familiares na unidade prisional.

Para confecções dos brinquedos os reeducandos utilizam garrafas PETs, papelão e papel emborrachado que é fornecido através de uma parceria Seap e Umanizzare. No projeto, além de promover a interação social, os reeducandos que participam da ação tem remição de pena.

De acordo com a assistente social, Ana Maria Bezerra, nas outras unidades prisionais, o projeto funciona no dia de visita, quando os familiares dos presos preenchem um formulário que autoriza a entrada na unidade prosional. Mas, no UPI, por não existir o mesmo costume, de os familiares não terem o hábito de levar as crianças no dia do cadastro, o projeto foi adaptado para o dia da visita.

“Pegamos dois reeducandos, um para cada dia de visita, que acontece nos sábados e domingos e trabalhamos com eles a reciclagem de material”, explica assistente social.

Ana comenta que os reeducandos trabalham com a elaboração desses brinquedos com as crianças. Ela explicou que o projeto, além de tirar a tensão das crianças pelo o que seria o cárcere, promove um projeto lúdico. A assistente social conta que o projeto comemorou um ano no mês de junho.

“Toda semana fazemos o acompanhamento desses reeducandos, nós passamos os materiais e acompanhamos as atividades que serão feitas no final de semana. Damos um direcionamento do que será trabalhando durante as atividades”, conta.

O projeto de poesia dentro das unidades prisionais do Amazonas, desenvolvida pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e Umanizzare Gestão Prisional, surgiu com o objetivo de levar as pessoas privadas de liberdade para um ambiente onde pudessem expressar seus sentimentos. Mas, o projeto acabou surpreendo os organizadores, quando surgiu a ideia dos próprios reeducandos à possibilidade escrever um livro.

De acordo com a psicóloga Simone da Silva, do Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT), essa foi à primeira vez que o projeto aconteceu na unidade prisional, segundo ela, nesse primeiro momento, um total de 30 internos participaram do evento, sendo 10 de cada pavilhão: ‘A’, ‘B’ e ‘C’.

“Os reeducando fizeram às poesias e apresentaram para uma bancada avaliadora, formada por um corpo técnico que trabalha dentro da unidade. Para essas pessoas que participaram do evento, os vencedores tiveram uma premiação, algo simbólico”, comenta Simone.

A psicóloga explica que, como critério de escolha, os organizadores do projeto de poesia, escolheram os reeducandos que não recebem família. Ela argumenta que a aceitação por parte dos reeducandos foi bastante solicita.

“Ficamos bastante surpresos, nós não esperávamos a aceitação que teve. Trabalhamos com um público diferenciado, em um ambiente que é bastante tenso. Então, do nada, ficamos surpresos com alguns textos, eram escritas que falavam e amor, de querer ver bem”, indaga.

Simon disse, ainda, que teve reeducandos que chegaram a pedir para fazer mais poesias, e até propor para escrever um livro. Segundo ela, o projeto apresentou os resultados esperados, que estão relacionados ao resgate do cidadão.

“Eles foram de uma sensibilidade tamanha, nas palavras, é claro, teve algumas coisas bobas. Mas, aqueles que se dedicaram, mostraram um bom resultado. Nós ficamos muito felizes, pensamos em mirar em um alvo e acertamos em algo bem maior”, disse.

Simone explica que o objetivo é dar continuidade nas atividades de elaboração de poesias. “Quando pensamos em levar à ideia do projeto, nos perguntávamos como iríamos levar a proposta para os homens, a nossa percepção é que eles não iriam aceitar a ideia. Mas, dentro da simplicidade deles, foram surpreendentes, maravilhosos”, conta a psicóloga com brilho nos olhos.

Na Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) – município a 176 quilômetros de distância de Manaus -, o projeto de poesia também apresentou resultados bastante positivos, como explicou a assistente social Ana Maria Bezerra. Ela conta que na UPI, o projeto acontece uma vez por ano.

“Duas turmas foram feitas, sendo uma no período da manhã e outra pela parte da tarde, em um total de 30 reeducandos distribuídos nos dois horários”, disse a assistente social.

“Para diferenciar dos demais anos, a assistente social conta que foram selecionados reeducandos estudantes”, comenta Ana.

Ana explica que, também, como no projeto de poesia desenvolvido na capital amazonense, na UPI foi criada uma banca examinadora que avaliou os textos construídos pelos presos. Ela conta que vários autores da cidade e professores dos reeducandos compuseram a bancada avaliadora.

“A bancada avaliou a postura e a autoria da própria poesia que foi elaborada pelos reeducandos. Para os melhores textos, houve uma pequena premiação simbólica”, afirma a profissional.

Ana conta que o projeto acontece uma vez por ano, geralmente do dia nacional da poesia. Mas, segundo ela, este ano foi feito no dia 10 de outubro, uma data que foi fixada no calendário anual de eventos da Umanizzare dentro das unidades prisionais.

“Em outro momento, durante um evento que promovemos dentro do presídio, um dos reeducandos que participaram do projeto de poesia escreveu um novo texto para apresentar naquele momento. Então, observamos que esse projeto despertou o sentimento de serem autores de novas obras”, comenta.

O projeto “Remição pela Leitura”, possibilita a redução de pena em até 48 dias à menos, durante o período de um ano, dentro dos presídios do Amazonas. O programa, que é determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), funciona em parceria entre a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a cogestora das unidades prisionais, Umanizzare Gestão Prisional Privada.

De acordo com a gerente técnica da Umanizzare, Sheryde Karoline Oliveira, os livros que podem ser encontrados em bibliotecas dentro das unidades prisionais, devem que ser lidos e avaliados por uma banca de profissionais da unidade. Segundo ela, o projeto de leitura existe em todas as unidades da capital amazonense, além do município de Itacoatiara (Município à 176 quilômetros de distância da capital Manaus) que tenham presos sentenciados.

“Apenas a unidade feminina de provisórias não tem o projeto, pelo fato de não existir sentenciados para possibilitar a remição da pena”, comenta Sheryde.

A gerente técnica da Umanizzare explica que o projeto acontece mensamente, geralmente, com a avaliação escrita para todo final de mês. Sheryde conta que é o momento em que os reenducandos preenchem uma ficha de leitura com relatório, onde é marcado o nome do personagem principal, e sobre o entendimento do contexto e da história e ambiente contado no livro.

“A partir daí é feito uma redação. Após a avaliação escrita, nós agendamos a avaliação oral, onde tem uma banca de avaliação composta por profissionais da unidade, entre psicólogos, assistentes sociais, advogados e, geralmente, um convidado externo”, comenta Sheryde.

 

Participações

Conforme a gerente técnica da Umanizzare, entre os convidados externo que já formaram a mesa julgadora do projeto, estão o Conselho Regional de Serviço Social (Cress-AM), o Conselho Regional de Psicologia (CRP), juízes da Vara de Execuções penas e profissionais da educação do Estado.

Feito a apresentação oral do projeto, Sheryde comenta que é encaminhado para o juiz, o direito do reeducando em reduzir a pena. “Para participar do projeto, o reeducando tem que querer, ele tem que ser sentenciado e, normalmente, damos preferência a presos que não participam de outro projeto que possibilite a remição da pena. A princípio, todos sentenciados podem participar”, afirma.

 

Maior número de participantes

Segundo Sharyde, a unidade que mais existe participantes do projeto de remição pela leitura é do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). Segundo ela, o motivo é fato de a unidade compor integralmente presos sentenciados.

“Outras unidades provisórias tem um pequeno número de presos sentenciados que estão por alguma medida judicial, ou situação que diz respeito à segurança pessoal desse cidadão”, comenta.

Entre essas unidades prisionais que recebem esses presos, segundo Sharyde, está o Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT) que reúne um universo de 700 presos, mas, tem em média, 50 sentenciados. “Se os 50 presos quiserem fazer parte do projeto, vamos viabilizar para que todos participem, nem que seja feito em parte. Mas, o reeducando precisa querer participar, uma vez que, o projeto não é apenas remir a pena, mas atrair esse cidadão para a leitura que deverá ajudar na tomada de decisões”, disse.

 

Continuidade

É a partir do projeto de leitura que os reeducandos buscam uma melhora na escolaridade, explica a gerente técnica da Umanizzare. Dados positivos, segundo ela, é a aprovação das pessoas que tiveram a restrição da liberdade no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“A redação de quem participou do projeto ficou mais enriquecedora, fora, o comportamento dentro da unidade que houve uma devolutiva devido a leitura. O comportamento dessas pessoas que participam é sempre significativo, uma vez que, eles nunca estão envolvidos em ações negativas dentro das unidades”, indagou.

A Unidade Penal de Itacoatiara (UPI) realizou mais uma edição do tradicional Torneio de Futsal, reunindo internos dos pavilhões A e B nas manhãs e tardes dos dias 13 e 14 de novembro. Esporte predileto dos reeducandos, o futebol vem sendo utilizado na unidade como instrumento de socialização e quebra da rotina, favorecendo aspectos como autoestima e convivência entre internos.

Na disputa, o Pavilhão B consagrou-se campeão do torneio, com a outra equipe do mesmo pavilhão ficando com a vice. O Pavilhão A ficou com o 3º lugar. As premiações foram medalhas e troféus. “O futebol é o lazer preferido de todos. Assim, aproveitamos para e enfrentar problemas como a agressividade, promovendo o espírito esportivo e interação do grupo”, explica a gerente Maria Domingas.

Sociedade Brasileira de Hipertensão destaca a importância de manter a pressão sob controle, evitando doenças cardiovasculares. Orientadas por esta informação, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Umanizzare promoveram uma ação em celebração ao Dia Mundial do Coração na da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) no dia 29 de setembro.

A enfermeira da unidade prisional, Elinilma Martins, palestrou sobre o tema e buscou sensibilizar os reeducandos para a importância do cuidado com a saúde do coração. A profissional destacou a importância da mudança de hábitos, salientando que o coração é fonte de energia para todo o corpo, e conclamou a todos a manterem vigilância permanente sobre o corpo.

“Pequenas e simples mudanças bastam para ter as baterias recarregadas, o que faz toda diferença para o coração. Respeitar o coração começa por conhecer os riscos e assegurar que sabe de todos os teus ”números”. É preciso ver como está o colesterol, o açúcar no sangue, o peso e a pressão arterial. Ver tudo isso é poder conhecer o teu risco e dá energia à tua vida”, defendeu a palestrante.

Atendendo ao convite da enfermeira, reeducandos dos pavilhões A e B realizaram a aferição de pressão arterial, teste de glicemia, peso e houve também solicitação de exames de rotina (colesterol, triglicérides, glicemia) para averiguar possíveis alterações e realizar controle e tratamento. O saldo do dia foi a participação 94 reeducandos que realizaram peso e aferição de pressão, 25 testes de glicemia e oito solicitações de exames de rotina.

A equipe contou com o apoio dos Agentes Promotores de Saúde: Genival da Costa Farias, Fábio de Souza Pantoja (Pav B), Marcos Willyan Fernandes Dos Santos, Jonathan Edwards De Oliveira Ferreira (Pav A), da odontóloga da unidade, Jucenilda Costa De Oliveira, TSB Fernanda Costa de Azevedo, e do técnico de Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde, Rosinaldo Correia Alencar.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e as equipes técnicas de saúde da Umanizzare estão mantendo firme vigilância e realizando uma série de intervenções para tratar os casos de internos infectados com doenças contagiosas de pele nas unidades prisionais do Amazonas. Isto porque o número de ocorrências aumenta diariamente se não receber este tratamento diário, podendo afetar inclusive os familiares dos reeducandos e servidores do sistema prisional.

Entre as doenças comuns já identificadas constam a dermatomicose e escabiose (sarna). Por isso, entre os dias 12 13, 19 e 20 de setembro foi realizada palestra de orientação que teve como público-alvo os familiares dos reeducandos que, na ocasião, tiveram acesso a tratamento de escabiose e dermatomicose. A infecção é de fácil transmissão, bastando o contato mais intimo ou com ou vestuário infectado, passível de levar os fungos da unidade prisional para o lar e vice-versa.

Focadas na política de assistência integral à saúde dos internos, Seap e Umanizzare articularam as equipes técnicas para adotar todas as medidas necessárias ao controle de doenças infectocontagiosas. Todo o estoque de medicamentos já foi devidamente reforçado nas farmácias das unidades. Além disso, enfermeiros e agentes de socialização estão em permanente observação a qualquer manifestação de doença de pele e comunicando imediatamente à equipe médica qualquer ocorrência.

Para o secretário de Estado de Administração Penitenciária, o coronel da Polícia Militar Cleitman Coelho, a saúde é uma das principais assistências que devem ser prestadas aos reeducandos do sistema prisional. “O acesso a tratamentos e prevenções para doenças é direito garantido de todo cidadão, seja ele privado de liberdade ou não. Nossa propriedade é promover ações como essa para garantir a saúde e o bem estar da nossa população carcerária”, disse o secretário.

Segundo o médico do Complexo Prisional Anísio Jobim, Vitor Picanço, por serem altamente contagiosas, principalmente em ambientes prisionais, as doenças da pele devem ser tratadas o mais breve possível quando diagnosticadas, além disso é essencial trabalhar a promoção e prevenção de saúde com os reeducandos, oferecendo uma atenção integral à saúde dos mesmos, gerando maior qualidade de vida.

O médico lembra que, além da escabiose, conhecida como sarna, outras infecções de pele foram identificadas nos presídios do Distrito Federal, como a tinea, que é provocada por um fungo e causa lesões cutâneas em formato circular; a pitiríase versicolor, popularmente conhecida como pano branco, que acarreta manchas e coceiras, e a furunculose, que faz eclodir uma série de furúnculos.

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Segundo a Organização Mundial de Saúde, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre as pessoas entre 15 e 29 anos de idade. Mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano. Isso significa uma morte a cada 40 segundos. Setembro é o mês dedicado à tarefa de conscientização e prevenção deste mal que afeta milhares de pessoas também no Brasil.

10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, daí a razão pela qual é denominado de Setembro Amarelo o período dedicado à sensibilização sobre as principais causas do suicídio. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Umanizzare também se engajaram na campanha em defesa da vida com ações no Complexo Penitenciário Anisio Jobim (Compaj).

“Nosso foco inicial foi espalhar conhecimento de forma que venha prevenir e diminuir o número de tentativas que vai de 40 a 60 entre cada 10 suicídios, alcançando assim a diminuição do número de mortes por esta causa”, afirmou a psicóloga Érika Corrêa Rangel, segundo quem, é fundamental o trabalho de sensibilização, alcançando detentos e servidores.

Colaboradores da área técnica/administrava e familiares dos reeducandos receberam um folder com informações sobre suicídio. Além disso, profissionais da Psicologia prestaram esclarecimentos sobre o assunto, tirando dúvidas e respondendo a várias perguntas. “Obtivemos respostas positivas sobre o assunto e pudemos notar a importância dessas informações na vida das pessoas”.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Umanizzare realizaram um procedimento de identificação dos reeducandos infectados com a Caxumba, também popularmente conhecida como Papeira, na Unidade Prisional de Puraquequara (UPP). Durante duas semanas, entre os dias 4 a 15 de setembro, foram realizados os levantamentos e os casos notificados encaminhados à Secretaria de Saúde. Além disso, a equipe de saúde da unidade realizou um levantamento da população que vive junto aos infectados, no total de 74 reeducandos.

O enfermeiro da UPP, Robson Costa Pessoa, esclarece o objetivo é dar continuidade à política permanente de melhoria das condições de saúde da população prisional, atuando em caráter preventivo, por meio de campanhas de vacinação, como foi a de caxumba, distribuindo preservativos, planejamento familiar e orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis. Ainda, realiza testes rápidos, marcação de consultas e campanhas educativas sobre as doenças de maior ocorrência nos presídios.

“Vale ressaltar que a enfermagem contribui para o resgate da condição de vida digna das pessoas, tanto do ponto de vista biológico, quanto social e psicológico, proporcionando conforto e bem-estar, minimizando iniciativas que estimulem a discriminação ou preconceito. Nossa visão é essa, compromisso com o reeducando durante a sua pena dentro de uma unidade prisional, assegurando o melhor cuidado assistencial a saúde”, afirmou Robson Costa Pessoa.

A CAXUMBA

A Caxumba, também denominada Papeira, é uma doença viral cujo responsável pela infecção pertence à família Paramyxoviridae e sua transmissão se dá por meio do contato direto com saliva, gotículas aéreas e objetos contendo o vírus. Também pode ser transmitido de mãe para filho durante a gravidez, sendo uma das causas de abortos espontâneos. Com ocorrência mais comum em crianças, a Caxumba apresenta como sintoma principal o inchamento de uma ou mais glândulas salivares, causando um aumento exagerado do volume da região do pescoço.

Além disso, náuseas, sudorese, zumbido nos ouvidos e dores no corpo e na cabeça podem se manifestar. Em alguns casos excepcionais surgem complicações, como a orquiepididimite (inchamento dos testículos), ooforite (inchamento dos ovários), pancreatite, meningite e encefalite. O período de incubação varia entre duas e três semanas após o contato com o agente transmissor, sendo que o indivíduo acometido é capaz de transmitir o vírus cerca de uma semana antes das manifestações sintomáticas, e até nove dias depois desse evento.

O diagnóstico é feito pela análise do quadro clínico e, quando necessário, a cultura do vírus e testes sorológicos podem ser requeridos. Não existe tratamento para a eliminação do vírus, sendo este visado apenas para aliviar os sintomas da doença. Assim, repouso e, em alguns casos, antitérmicos, analgésicos e compressas são indicados. Quanto à prevenção, a vacina tríplice viral (MMR) aos 15 meses de idade, e não ter contato com alguém acometido pela doença, são capazes de fornecer resultados satisfatórios.