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Acolhimento, programas e projetos

As equipes técnicas da Umanizzare atuam diariamente para assegurar que os reeducandos sob sua responsabilidade cumpram as penas de forma digna, tendo como princípio que unidade prisional não é para confinar, mas ambiente para construção de um novo homem, uma nova mulher.

Um conjunto de programas e projetos de ressocialização é desenvolvido por meio da educação, da cultura, do esporte, da religiosidade, para assegurar que direitos fundamentais não sejam violados durante o cumprimento da pena. Além disso, ações cotidianas são realizadas para garantir a convivência dos internos com os familiares – esposas, maridos, pais, mães e filhos.

Planejamento familiar, vínculo e afetividade

O fortalecimento de vínculos familiares é fator essencial para a ressocialização de reeducandos. No Projeto Formação em Planejamento Familiar e Prevenção de IST´s/AIDS, a informação é o principal veículo de transformação. Todos os assuntos são abordados de forma lúdica e interativa. Em algumas unidades, o projeto tem início apenas com a família, e depois passam a integrá-lo as pessoas privadas de liberdade.

Assim, a Equipe Umanizzare estimula a tomada de consciência quanto à importância do planejamento familiar e da adesão aos programas que tratam do tema. A ideia é fortalecer cada vez mais o reconhecimento do valor família como base para a construção do indivíduo em sociedade.

Para ter direito à visita aos internos, familiares precisam se cadastrar em cada unidade. O que parece ser muito simples, em alguns casos, transforma-se em verdadeira odisseia por falta de algo fundamental: documentos. Não é rara a ocorrência de filhos que ficaram impedidos de fazer visitas por não terem o nome do pai no registro de nascimento, fragilizando os laços familiares.

Para assegurar esse direito, assistentes sociais da Umanizzare coordenam um bem-sucedido serviço de acolhimento social às famílias, identificando as dificuldades dessas pessoas para comprovação de vínculo. A equipe do Projeto de Planejamento Familiar – formada por assistentes sociais e psicólogos – realiza atendimento frequente às famílias, com as quais são discutidos temas como: o papel dos pais no desenvolvimento psicológico das crianças.

Contra o estigma

Ser familiar de detento atrai estigmas sociais, que precisam ser enfrentados para que não sejam interrompidos os laços afetivos entre pais e filhos, mas principalmente para assegurar que a criança não perca o seu convívio social. Por isso, acolhimento e planejamento caminham juntos. Os assistentes sociais e psicólogos promovem palestras educativas e criam ambientes de confraternização e de interação entre os familiares.

Visitas assistidas

Reatar laços familiares em circunstâncias tão adversas é uma tarefa delicada. Por isso, a equipe técnica criou um espaço para as visitas assistidas, com participação do assistente social. Palestras socioeducativas com linguagem acessível e troca de afetividade buscam harmonizar a relação familiar.

Projeto O Pequenino: para proteger a infância

Tornar menos traumática a possível visita das crianças a seus pais no ambiente prisional: eis a missão do Projeto O Pequenino, criado para atender ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Um ambiente foi especialmente preparado nas unidades para acolher as crianças que acompanham seus parentes nos dias de cadastro e de visitas. No lugar da tensão, a segurança emocional e o fortalecimento do vínculo familiar.

Com esta ação, a equipe Umanizzare reduz o tempo de espera das crianças e ainda otimiza o tempo de cadastro dos familiares. Com as crianças distraídas e imersas num ambiente com ações lúdicas e pedagógicas, maridos e esposas ganham em tempo e também em qualidadeda da visita, abrindo oportunidades para melhorar os laços afetivos. O projeto é bastante elogiado pelos familiares, que antes temiam a presença dos filhos nos presídios.