Os internos da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), estão colhendo e se alimentando das verduras e legumes produzidos na horta cultivada dentro da prisão, por meio do projeto Plantando a Liberdade. Desenvolvido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Umanizzare Gestão Prisional, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas (Idam) de Itacoatiara, a lavoura aconteceu no último dia 2 de outubro, na oportunidade, foram plantadas mudinhas e sementes de pimenta cheirosa, couve manteiga, coentro, cheiro verde e chicória, quiabo entre outros hortifrútis.
“Atualmente, duas vezes por semana, a cozinha recebe hortaliças produzidas no “quintal” da unidade prisional: couve, pimenta de cheiro, brócolis, pepino, quiabo, acelga, pimenta malagueta, coentro e cebolinha. Dois internos revezam-se no trabalho de cuidado da horta, um deles devidamente remunerado pela cogestora”, enfatizou o coordenador técnico regional da Umanizzare, Valter Sales.
O coordenador ressalta também que o “Plantando a Liberdade foi uma iniciativa inovadora, iniciado em 2016, por meio da qual os reeducandos tiveram acesso a noções de plantio e cuidado com hortas. Além do caráter terapêutico e profissionalizante, o projeto tem assegurado o fornecimento diário de verduras à população carcerária.
Durante uma visita na UPI, o gerente do Idam no município, João Nestor, pôde acompanhar de perto a coleta e a preparação dos novos canteiros. Para ele o projeto viabiliza uma alimentação mais saudável, bem como uma atividade lúdica.
“Fico feliz em fazer parte de um programa que traz o conhecimento técnico de semeaduras, adubação do solo e podas para cultivos de hortaliças para pessoas que estão cumprindo pena, mas que futuramente poderão exercer a profissão de agricultor fora daqui, garantindo sustento e a não reincidência”, disse o gerente.
Projeto – O Plantando a Liberdade é de suma importância para estabelecer uma relação harmônica homem/natureza, através da participação de sua construção, manipulação da terra, preparo, plantio de mudas e sementes, e posteriormente a rega e sua manutenção. Trabalho que vem sendo desenvolvido diariamente, com a preparação dos canteiros e o plantio.
Não são utilizados nenhum tipo de agrotóxico e adubo químico nestes canteiros, e para suprir as necessidades hídricas das plantas são realizadas irrigações diárias nos dois turnos (manhã e tarde) com o auxílio de regadores.
“Qualquer curso, profissionalizante ou não, ministrado aos presos enquanto cumprem pena, servem como mecanismo de ressocialização para quando saírem do sistema prisional e proporcionam aos egressos condições para reintegração social”, afirmou Valter.
Remição de pena – Além da oportunidade de aprender, com a dedicação junto ao projeto os internos também obtêm o direito de diminuir a pena.