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Reeducandos aprendem novas profissões durante atividades em presídios

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Internos do regime fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj-Fechado) e da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) estão participando de uma oficina de confecção de luminárias em barbantes e em PVC.

O curso profissionalizante é realizado pela Umanizzare Gestão Prisional Privada, empresa que faz cogestão em seis unidades da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) por meio do Projeto Mãos Livres, que além de ofertar aos custodiados  uma atividade terapêutica, garante uma qualificação profissional.

Em Manaus, durante o curso que terá duração de uma semana,  os 13 internos participantes aprendem técnicas de produção de luminárias em PVC  que envolvem criatividade, coordenação motora, uso de matérias primas e decoração.

A terapeuta ocupacional do Compaj, Nelcineide Silva de Lira, diz  que um dos principais objetivos do projeto é tirar os presos da ociosidade, além de promover um momento de interação e conhecimento técnico, que servirá para um futuro promissor, fora da unidade prisional.

Com o projeto, além do conhecimento técnico os reeducandos têm direito também a remição de pena pelo trabalho, podendo reduzir o tempo de permanência na prisão.  “Outro adendo importante, é que as peças produzidas na unidade podem ser comercializadas pelos familiares lá fora, e o interno se sente ainda mais útil por poder contribuir com o sustento de sua linhagem”, comenta Nelcineide.

Na Unidade Prisional de Itacoatiara o curso de luminárias profissionalizou 17 reeducandos.  As aulas aconteceram entre os dias 10 e 24 de outubro. Três técnicas em luminárias foram ensinadas: barbante, em palito de picolé e com tampas de garrafa pet.

Os ensinamentos foram ministrados pela psicóloga Patrícia Mendes, que utilizou vídeos demonstrando o passo a passo para a produção de cada abajur, power point para mostrar diversos tipos de luminárias, o valor final do produto e como fazer a porcentagem para venda das peças.  

“Esse curso traz para os internos a aprendizagem de algo muito simples, com pouco material de investimento se transformando no auxílio do sustento de sua família, uma vez que esse tipo de luminária virou tendência em locais rústicos, tornando-se muito procurado”, enfatizou Patrícia.

Para o reeducando Jonas Siqueira de Oliveira o curso trouxe aprendizado e o contato com algo diferente. Ainda, segundo ele, o que aprendeu será passado, inclusive para os filhos.  Já o interno, Salmo Guedes, afirmou que o curso já está garantindo uma renda extra para a família dele, uma vez que nos dias de visita, há encomendas de peças dos parentes dos colegas de confinamento.  “Já penso em um futuro promissor, para quando sair daqui”, diz Salmo.

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