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Aulas de músicas nos presídios

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        “Projeto Harmonizar” foi desenvolvido para estimular a memória, a concentração e a criatividade dos reeducandos por meio de uma linguagem artístico-musical.

A partir desta segunda–feria (19) os internos, sob os cuidados da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e da co-gestora Umanizzare Gestão Prisional, terão aulas de produção musical nas unidades.

Os presos terão à disposição instrumentos como, violão, teclado e microfones para as aulas de canto. De acordo com o professor de música Miqueias Fernandes, a música exerce papel primordial na socialização, pois além de reforçar laços e vínculos afetivos, também estimula a memória e a criatividade dos apenados.

“Este ano, temos um desafio ainda maior porque serão os reeducandos que irão escolher o ritmo que querem apreender:  bolero, samba, sertanejo, rock ou MPB, são algumas opções disponíveis” explica o professor

Para a gerente técnica da Umanizzare, Sheryde Karoline Lima, expandir as opções de ritmos foi uma das formas encontradas para estimular os reeducandos e um meio de a equipe   identificar a aptidão de cada um, sem que eles percebam que a finalidade do projeto é terapêutica.

“As aulas são uma ruptura com a rotina de reclusão que eles vivem, pois há a necessidade de se expor socialmente, trocar impressões, atuar em grupo. Além de apreenderem a tocar instrumentos e a usarem a própria voz como meio de expressão, os reeducandos conhecem os diversos ritmos musicais de diferentes épocas”, ressalta Sheryde.

Cronograma de aulas – A Umanizzare já elaborou um calendário para que o “Projeto Harmonizar” contemple todas as unidades. Atualmente, 17 internos da Enfermaria Psiquiátrica do anexo do Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM) serão os primeiros contemplados.  As aulas serão de canto no ritmo de bolero e começam já segunda-feira.

Na terça será a vez dos reeducandos do Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT). Nesta unidade haverá aulas pela manhã e à tarde contemplando 30 reeducandos.

“Serão duas horas de aula para cada turno e a opção de ritmos escolhida por eles foi o rock e o sertanejo”. “É importante enfatizar que as aulas oferecidas são profissionais e não apenas um entretenimento para detentos, por isso é necessária uma triagem e o preso tem que ter bom comportamento”, ressalta o professor Fernandes.

Nas outras unidades o Projeto Harmonizar ainda está na fase de triagem e as aulas devem começar na próxima semana.  O interno Jander Guilherme Alves, 32 anos, que cumpre pena no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), está em sua terceira participação no projeto e já toca violão e bateria. “É um passa tempo e uma forma de produzirmos algo bom”, disse.

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